
Edmundo González, principal opositor de Nicolás Maduro, autoproclamou-se vitorioso nas eleições realizadas na Venezuela no dia 28 de julho. Em carta divulgada nesta segunda-feira (5) nas redes sociais, o ex-embaixador afirma ter vencido o pleito e contesta o resultado do CNE (Conselho Nacional Eleitoral), que aponta a vitória de Maduro com 51,95% dos votos. A oposição alega “golpe de estado”.

Edmundo González afirma ser o vencedor das últimas eleições na Venezuela – Foto: Reprodução/X
“Obtivemos 67% dos votos, enquanto Nicolás Maduro obteve 30%. Essa é a expressão da vontade popular. Vencemos em todos os estados do país e em quase todos os municípios. Todos os cidadãos são testemunhas desta realidade”, afirma.
O documento é assinado por ele como “presidente eleito da Venezuela”. A carta também é assinada por María Corina Machado, líder da oposição e aliada de González.
Eleições na Venezuela têm resultado contestado
O CNE (Conselho Nacional Eleitoral) declarou a vitória de Maduro na madrugada de 29 de julho. Segundo o órgão, o atual presidente obteve 51,95%, e González, 43,18%.

CNE declarou Nicolás Maduro como presidente eleito com 51,95% dos votos – Foto: AFP/ND
González e María Corina acusam Maduro de dar um “golpe de estado” ao reivindicar a vitória sem que o CNE tenha apresentado as atas das mesas de votação, algo crucial, segundo observadores internacionais, para atestar a transparência do resultado.
Os Estados Unidos, a Argentina e o Equador reconheceram a vitória do candidato da oposição. Por outro lado, Brasil, México e Colômbia adotaram um tom mais cauteloso.

Brasil adotou postura cautelosa sobre as eleições venezuelanas – Foto: Ricardo Stuckert / PR/ND
Em nota conjunta, divulgada na última quinta-feira (2), os três países citam “controvérsias sobre o processo eleitoral” e pedem aos agentes venezuelanos “cautela” para evitar o agravamento da situação no país.
O documento pede, ainda, a publicação dos dados eleitorais completos das atas de votação. “O princípio fundamental da soberania popular deve ser respeitado mediante a verificação imparcial dos resultados”, destacam.
Leia a carta de Edmundo González nas redes do ex-embaixador.