
A coprofagia, também conhecida como a prática de comer fezes, é uma preocupação crescente entre os donos de pets.
Uma pesquisa realizada pela Universidade da Califórnia, EUA, revelou que aproximadamente 16% dos cachorros apresentam o comportamento em algum momento da vida, enquanto 23% tem esse comportamento de forma ocasional. Embora esse número possa parecer baixo, é significativo quando considerado os impactos na saúde e no bem-estar dos animais.

Veterinário explica como a coprofagia pode afetar os pets – Foto: Freepik/Reprodução/ND
Os dados sugerem que cachorros que vivem com outros animais têm uma probabilidade maior de desenvolver coprofagia, possivelmente devido ao aumento na disponibilidade de fezes no ambiente.
Mas afinal, o que explica a coprofagia em pets?
De acordo com o veterinário André Della Giustina, Coprofagia em pets é mais comum em cachorros do que em gatos.
“As causas podem variar desde disbiose, desequilíbrio na flora intestinal, até questões comportamentais ou neurológicas. Em muitos casos, o comportamento pode estar relacionado a problemas digestivos subjacentes, como a má absorção de nutrientes”, afirma.
Quais são os riscos à saúde para os pets?
Os riscos para a saúde dos pets são diversos. “Os animais que ingerem fezes podem estar expostos a infecções bacterianas e parasitoses. Além disso, podem desenvolver cólicas e periodontites se a ingestão de fezes for frequente. É importante notar que nem sempre as fezes ingeridas são do próprio animal, o que pode aumentar os riscos de doenças”, alerta.
O veterinário explica que uma boa parte dos casos de coprofagia está ligada a problemas digestivos. “O comportamento pode ser um sintoma de condições como a má digestão ou a desbiose. Portanto, entender o contexto geral do pet é crucial para identificar as causas e determinar o tratamento adequado”.
Qual o melhor tratamento recomendado?
O tratamento para coprofagia, de acordo com o veterinário André Della Giustina, deve ser individualizado, conforme as causas identificadas.
“As abordagens podem incluir terapias comportamentais, correções nutricionais para resolver deficiências alimentares e até mesmo terapias medicamentosa. Muitas vezes, uma combinação dessas abordagens é necessária para obter sucesso”, conclui o veterinário.