Reprodução fatal: animais que pagam um preço alto pelo sexo

No reino animal, a busca por parceiros pode significar comportamentos extremos e estratégias de reprodução fatal. O ND Mais separou exemplos de animais que, literalmente, pagam com suas vidas pelo ato de acasalar.

Fotografia mostra um casal de patos começando um acasalamento

Conheça os animais que enfrentam consequências pela reprodução fatal – Foto: National Geographic/Reprodução/ND

O reino animal mostra como a reprodução fatal pode levar a consequências extremas e, às vezes, fatais com a realidade de estratégias reprodutivas.

Reprodução fatal no mundo animal

Rato-Marsupial-Australiano (Antechinus stuartii)

O rato-marsupial-australiano é um exemplo extremo de reprodução fatal. Quando chega o período de acasalamento, os machos mergulham em uma verdadeira agitação reprodutiva, acasalando com várias fêmeas em duas semanas.

De acordo com dados da revista National Geographic, cada encontro pode durar até 14 horas. Os machos ficam consumidos pela necessidade de acasalar e não se alimentam, utilizando reservas de energia para sustentar a atividade.

Esse excesso de acasalamento provoca uma produção desmedida de hormônios do estresse, que colapsa o sistema imunológico dos machos, resultando em sua morte devido a doenças ou infecções antes mesmo de completarem um ano de vida.

O rato-marsupial-australiano é um animal noturno muito comum nas florestas circundantes das principais cidades australianas

Cada acasalamento de um rato-marsupial-australiano pode durar cerca de 14 horas seguidas – Foto: National Geographic/Reprodução/ND

Louva-a-Deus (Mantis religiosa)

O louva-a-deus é famoso pela prática de canibalismo pós-coital, um exemplo clássico de reprodução fatal. Após o acasalamento, a fêmea pode devorar o macho, começando pela cabeça, para garantir a sobrevivência dos ovos.

Um estudo da Universidade de Auckland na Nova Zelândia revelou que os machos que conseguem imobilizar a fêmea antes da cópula têm 78% de chance de escapar com vida, mostrando como a habilidade e a rapidez podem determinar o destino no acasalamento.

Após o acasalamento, a fêmea do louva-a-deus pode devorar o macho para garantir sustento para si mesma, sendo um exemplo de reprodução fatal no mundo animal

Os louva-a-deus são predadores agressivos que caçam principalmente insetos como moscas, mariposas e borboletas – Foto: Freepik/Reprodução/ND

Pato-Real (Anas platyrhynchos)

O pato-real tem um comportamento agressivo durante a época de acasalamento. Os machos se tornam extremamente violentos, atacando e perseguindo as fêmeas sem considerar o sexo do parceiro.

Esse comportamento pode causar ferimentos graves e até a morte das fêmeas. Mesmo após a morte da fêmea, os machos continuam tentando acasalar, criando um ciclo de violência.

Os machos da espécie de pato-real se tornam extremamente violentos, atacando e perseguindo as fêmeas durante o período de acasalamento

O pato-real ou marreco-selvagem é uma ave que habita áreas da América do Norte, Europa e Ásia – Foto: Freepik/Reprodução/ND

Salmões (Género Salmo)

Os salmões são um exemplo de reprodução fatal através da semelparidade, uma estratégia reprodutiva onde os indivíduos morrem após uma única tentativa de reprodução.

Durante a desova, os salmões nadam por longas distâncias, abandonam a alimentação e dedicam toda a energia ao processo de reprodução.

Esse desgaste extremo e a exposição a predadores resultam na morte dos salmões logo após a desova, mostrando uma estratégia evolutiva que maximiza o sucesso reprodutivo, mas com um custo fatal.

Durante a desova, os salmões nadam por longas distâncias, abandonam a alimentação e dedicam toda a energia ao processo de reprodução

O salmão é um peixe mediano da família Salmonidae, encontrado nos oceanos Atlântico e Pacífico – Foto: National Geographic/Reprodução/ND

Percevejos (Género Cimex)

Os percevejos demonstram a reprodução fatal de uma forma particularmente brutal. Os machos inseminam as fêmeas perfurando o exoesqueleto e injetando esperma diretamente.

Esse processo, conhecido como inseminação traumática, pode causar ferimentos graves e aumentar o risco de mortalidade para as fêmeas.

Além disso, os machos não distinguem entre fêmeas e machos baseados em características sexuais, atacando qualquer indivíduo maior do que eles.

Para percevejos, o acasalamento não é apenas um encontro íntimo, mas uma batalha cruel para reprodução

Nos percevejos, a reprodução fatal é tão brutal que os machos perfuram o exoesqueleto das fêmeas para inseminá-las – Foto: National Geographic/Reprodução/ND

 

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