Após vistoria do MPSC, Casan reforça monitoramento da água na Costeira, em Florianópolis

A condição suspeita da água fornecida em parte do bairro Costeira do Pirajubaé, no Sul da Ilha, continua sendo alvo de inspeções. Nesta quarta-feira (14), o MPSC (Ministério Público de Santa Catarina), por meio da 29ª Promotoria de Justiça da Capital, realizou uma vistoria na captação e distribuição da água fornecida pela Casan (Companhia Catarinense de Águas e Saneamento) no bairro.

Água fornecida pela Casan na Costeira do Pirajubaé é alvo de nova vistoria – Foto: MPSC/Divulgação

O trabalho foi pela manhã a fim de constatar se há irregularidades na captação, tratamento e qualidade da água que chega aos consumidores. A partir dos laudos técnicos resultantes da ação, a promotoria avaliará as medidas extrajudiciais ou judiciais cabíveis.

A ação do MPSC foi em parceria com a Vigilância Sanitária Estadual, Deic (Diretoria Estadual de Investigações Criminais) da Polícia Civil, Polícia Científica e Polícia Militar, com o auxílio do Centro de Apoio Operacional Técnico do MPSC.

A vistoria é resultado de uma representação feita por moradores da região à promotoria. Após a denúncia, o promotor Wilson Paulo Mendonça Neto instaurou um inquérito civil que culminou na vistoria.Segundo o promotor, a vistoria serviu para verificar se houve melhora e se a Casan tomou providências.

Ação do MPSC ocorreu em parceria com a Vigilância Sanitária, com a Deic e com as polícias Civil, Militar e Científica – Foto: MPSC/Divulgação

A princípio, ele acredita que houve, mas é preciso esperar os laudos para verificar se a água está efetivamente própria ao consumo. “Antes, os relatórios apontavam que a água estava imprópria. Moradores reclamavam que, ao lavar roupas brancas, ficavam escuras. Hoje [quarta], em alguns pontos de coleta, a água parecia clara, mas vamos aguardar as coletas, para tomar as medidas seguintes”, afirmou o promotor, que ainda vai chamar nova reunião com a Casan e demais órgãos para esclarecer o que houve e quais providências serão adotadas para garantir a qualidade da água na região.

Qualidade aceitável

O autônomo Leonir Antonio Nunes Machado, 49, mora há quase 30 anos no local e logo que chegou constatou que a água vinha turva e com resíduos. Ele seguia insatisfeito com a situação no mês passado, mas apontou que a situação está melhor. “Melhorou muito. Agora, sim, está aceitável a qualidade”, afirmou. Mas a situação ainda não é unanimidade entre os moradores que, para a reportagem da NDTV, demonstraram incômodo com a situação.

Casan faz acompanhamento periódico no local

Por meio de nota, a Casan informou que vem acompanhando periodicamente a região, com equipes verificando a disponibilidade e a qualidade da água que chega às casas.

“O abastecimento de parte do bairro é feito com água fornecida pelo sistema integrado de abastecimento de água da Grande Florianópolis e tem a qualidade atestada por todas as análises laboratoriais nos parâmetros exigidos pelas agências reguladoras. Porém, lá ainda possuem imóveis com ligações irregulares que não são abastecidos pela Casan”, ressalta a companhia.

A Casan informou que vem acompanhando periodicamente a região – Foto: MPSC/Divulgação

Em relação aos casos pontuais de água turva no bairro, a estatal frisou que foram feitas coletas para análise e que as causas serão investigadas nos próximos dias para solucionar o mais rápido possível o problema. A companhia acompanhou a vistoria ontem e disse que segue prestando as informações solicitadas pelo MPSC.

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