Terraformação? Estudos indicam como ação do homem transformará Marte; entenda

A ideia de terraformar Marte, ou seja, transformar o planeta para torná-lo habitável para seres humanos, tem ganhado destaque com os avanços na exploração espacial e os planos de estabelecer postos avançados na Lua e em Marte.

Terras sendo cultivadas em marte

Conforme os estudos dos engenheiros de Chicago, uma “terraformação” em planeta poderia causar diversos desafios no planeta – Foto: Canva/Divulgação/ND

No entanto, essa empreitada enfrenta inúmeros desafios, como os altos custos, a distância e a necessidade de tecnologias ainda inexistentes. O aquecimento da superfície marciana, por exemplo, exigiria a liberação de grandes quantidades de gases de efeito estufa, um processo complicado e caro.

Contornar obstáculos para transformar Marte em Terra

Para contornar esses obstáculos, uma equipe de engenheiros e geofísicos da Universidade de Chicago propôs um novo método para terraformar o planeta utilizando nanopartículas.

Homens cultivando alimentos em Marte

Homens cultivando alimentos em Marte – Foto: Freepik/Divulgação/ND

Em vez de importar materiais da Terra ou de outros corpos celestes, esse método aproveitaria os recursos já presentes na superfície de Marte.

Conforme o estudo, as nanopartículas produzidas a partir de minerais locais, como ferro e alumínio, poderiam ser liberadas na atmosfera para absorver e dispersar a luz solar, aquecendo o planeta.

Consequências da atividade

Esse aquecimento desencadearia uma série de mudanças no ecossistema marciano, incluindo o derretimento das calotas polares e do permafrost, liberando água na superfície e vapor na atmosfera.

Marte é um planeta inabitável, mas mãos humanas podem transformá-lo – Foto: Freepik/Divulgação/ND

A liberação de gelo seco presente nas calotas também engrossaria a atmosfera, intensificando o efeito estufa e aquecendo o planeta ainda mais.

As simulações realizadas pela equipe de pesquisa mostraram que esse método é mais de 5.000 vezes mais eficiente do que propostas anteriores para gerar um efeito estufa em Marte.

Com temperaturas médias elevadas em mais de 30 °C, a atmosfera marciana se tornaria mais hospitaleira para a vida microbiana, um passo crucial para a terraformação.

Uma vez que a atmosfera esteja aquecida, a introdução de bactérias fotossintéticas, como as cianobactérias, poderia lentamente converter o dióxido de carbono em oxigênio, semelhante ao processo que ocorreu na Terra há bilhões de anos.

Mudanças em Marte pode afetar ecossistema

No entanto, ainda são necessárias mais pesquisas antes que esse método possa ser testado em Marte.

Mudanças radicais em Marte pode ocasionar eventos desagradáveis – Foto: Mojo AI/Divulgação/ND

Mudanças atmosféricas, como a formação de nuvens e precipitação, poderiam afetar a eficiência das nanopartículas.

Apesar desses desafios, a proposta oferece uma opção viável e reversível para iniciar a terraformação de Marte, trazendo a humanidade um passo mais perto de tornar o planeta vermelho habitável.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.