MPSC cobra da Prefeitura de Joinville medidas para a proteção das capivaras

Foto: IMA/Reprodução

Circulação dos animais em vias públicas levanta preocupação sobre a segurança

O avanço dos centros urbanos sobre o habitat natural das capivaras tem se tornado uma questão de ações do poder público para garantir a segurança, tanto desses animais que cada vez mais aprendem a conviver em meio aos humanos, quanto das pessoas que vivem nos arredores. O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), por exemplo, cobrou nessa segunda-feira (19) que a Prefeitura de Joinville tome medidas para garantir a proteção das capivaras.

O acompanhamento da situação teve início em junho deste ano, quando o MPSC solicitou informações à Secretaria de Meio Ambiente (Sama), ao Instituto do Meio Ambiente (IMA) e ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O objetivo é que o Município preste informações sobre a existência de procedimentos para monitorar e resguardar a proteção das capivaras em circulação na cidade, além de evitar acidentes pelo trânsito dos animais em vias públicas.

 

Pela legislação, somente o Ibama pode autorizar ou aprovar o manejo dos animais silvestres. Qualquer manejo só pode ser feito com as orientações corretas, não sendo permitida a “castração” da espécie. O Ibama afirma que apenas a retirada de parte do grupo das capivaras é ineficiente ao controle populacional, já que seu alto ciclo reprodutivo e as condições ambientais locais são favoráveis ao desenvolvimento de novos filhotes.

Os projetos e medidas para o monitoramento de animais silvestres devem ser elaborados pelo órgão municipal ou por pessoas jurídicas ou físicas interessadas no monitoramento e manejo das capivaras, e então encaminhados ao Ibama. A Prefeitura de Joinville tem um prazo de 20 dias a partir de sexta-feira (16) para prestar essas informações.

De acordo com o MPSC, projetos devem ser feitos para verificar maneiras de manejo adequadas desses animais e de resguardar-lhes a proteção. “Assim, havendo circulação destes animais em vias públicas de grande movimentação, é pertinente que o Município de Joinville adote medidas para resguardar a proteção e o bem-estar dos animais, bem como para evitar acidente”, destaca a Promotora de Justiça Simone Cristina Schultz.

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Procurada pela reportagem do TVBV Online, a Prefeitura de Joinville afirmou que só irá se posicionar a partir do prazo estipulado na solicitação. Sobre um possível aumento na população das capivaras que teria motivado o acompanhamento do MPSC, a assessoria de imprensa respondeu que este não é o caso, mas que é um procedimento padrão que já foi feito em outras oportunidades.

Problema afeta animais e moradores em Florianópolis

Na Capital catarinese, um cenário parecido começou a se intensificar e gerar transtornos após o cercamento do Parque Jardim Botânico do Itacorubi. Denúncias recebidas pelo TVBV Online mostram que a população desse animal, que antes habitava o manguezal e buscava alimento e abrigo no parque, passou a adentrar ruas, condomínios e estabelecimentos no bairro, causando prejuízo inclusive para os moradores.

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Questionado se há algum procedimento parecido com o de Joinville para monitorar e acompanhar a situação das capivaras no Itacorubi, o Ministério Público de Santa Catarina afirmou não possuir nada do tipo em Florianópolis.

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