Sapos, rãs e pererecas: conheça as diferenças entre os animais

Sapos, rãs e pererecas podem ser confundidos pelas pessoas, por apresentarem características parecidas. Mas apesar de semelhanças, são animais diferentes, com suas próprias peculiaridades.

Sapos, rãs e pererecas em galhos de árvores

Conheça algumas diferenças entre as rãs, pererecas e sapos – Foto: Instituto Butantan/Reprodução/ND

De acordo com o Instituto Butantan, os anfíbios pertencentes à ordem Anura, palavra que significa sem cauda em grego antigo. Existem cerca de 8.400 espécies de anfíbios conhecidas no mundo, 1.188 no Brasil.

Destas, 1.144 são espécies de anuros, tornando o Brasil o país com a maior diversidade desse grupo de anfíbios no mundo.

Sapos

Robustos e com patas traseiras mais curtas, os sapos costumam caminhar em vez de saltar e pular.

Outra característica comum é a presença de duas grandes glândulas atrás da cabeça, chamadas de parotoides. Nelas fica o veneno usado em quem tenta mordê-lo.

Apesar do veneno, os sapos não conseguem expelir ele sozinho. É o próprio predador ou agressor que aciona o veneno, através da pressão da mordida, levando os jatos na boca.

Mesmo com o veneno, o sapo não representa nenhum perigo, já que a maioria das substâncias de anfíbios são inofensivas para os humanos. Contundo, ainda é recomendável sempre lavar bem as mãos com água e sabão após manusear um sapo.

No geral, os sapos, fora do período de reprodução, preferem ficar sozinhos, com um cardápio variado de alimentos, principalmente insetos. Mas, por terem a pele seca e rugosa, precisam de fontes de hidratação para manterem o metabolismo funcionando.

Por isso é comum encontrar sapos em poças de água da chuva ou próximos a máquinas de lavar. Esses animais somente retornam para a lagoa para encontrar fêmeas para reprodução, quando o ciclo de vida começa novamente.

Sapo em cima de pedra descansando

Sapos passam a maioria de suas vidas fora da água – Foto: Internet/Reprodução/ND

Rãs

As rãs possuem a pele úmida e com aspecto mais viscoso e brilhante, já que passam mais tempo na água, consideradas semiaquáticas. Ao se depararem com alguma ameaça em terra, saltam para a água, onde permanecem nadando.

Por terem patas longas e fortes, elas são exímias saltadoras. Mas para saltarem com grande amplitude e rapidez, as rãs gastam muita energia.

Um mito comum em relação às rãs é dizer que são “mulher do sapo”. Na verdade, existem rãs macho e rãs fêmea, assim como sapo macho e sapo fêmea. As rãs botam ovos na água, mas de forma diferente dos sapos.

Os sapos, rãs e pererecas usam sons específicos (chamados de “canto”) para o encontro durante a época da reprodução. É sempre o macho que emite o canto, atraindo a fêmea. Cada espécie tem um canto próprio, característico, sendo o meio de comunicação do casal.

Rã em folha de planta

As rãs são saltadoras incríveis – Foto: Internet/Reprodução/ND

Perereca

Menores do que os sapos e rãs, as pererecas são mais leves, pele muito úmida, lisa e brilhante, além de pernas finas e longas. Elas se diferenciam dos demais por terem discos adesivos na ponta dos dedos, semelhantes a ventosas.

Com suas pernas longas, elas conseguem saltar a grande distâncias e escalar paredes e árvores. As pererecas habitam quase todo o planeta, especialmente locais úmidos, perto de riachos e córregos onde depositam seus ovos.

Os girinos vão se desenvolver na água até se tornarem adultos e irem para a terra. No Brasil existem mais de 350 espécies de pererecas, sendo a da espécie Boana raniceps uma das mais comuns.

Perereca em falho de árvore

As pererecas são animais menores que os sapos e rãs – Foto: Internet/Reprodução/ND

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