Atacar o jornalismo: A confusa estratégia de mídia do PCC

Acusado pelo Instituto Combustível Legal (ICL), investigado e denunciado pelo Ministério Público de São Paulo e cercado pela Justiça, o Grupo Copape – apontado como o braço da lavagem de dinheiro da facção PCC no segmento de combustíveis – perdeu de vez o rumo. Agora, resolveu atacar a mídia,  a simples mensageira das suas falcatruas (aliás, a imprensa se tornou uma utilidade pública neste caso).

Os proprietários da Copape contrataram uma grande assessoria de imprensa na capital paulista para tentar limpar a sua imagem.

Para esta semana estão comprando  anúncios em grandes jornais. Mas a estratégia não parece ser das melhores: os anúncios visam acusar a mídia de mentirosa. Tiro no pé – e também de eventual veículo que se propor a isso. Da última vez que lançou mão desse plano, a Copape fez inúmeros anúncios anexando certidões negativas do MPE para tentar mostrar que não era investigada.

Porém, contra fatos não há falácia que resista. Três dias após os anúncios, os reais donos da Copape estavam sendo denunciados por lavagem de dinheiro na formuladora de combustíveis pelo mesmo MP.

Parece que o estrategista do grupo está desconectado da realidade dos fatos praticados pela Copape. Há um ano, por exemplo, a Coluna tem citado o caso da empresa e as suspeitas da ligação do grupo com a facção, embasada em documentos os quais agora a Justiça tem, por tornar réus alguns de seus proprietários. Não por acaso, a grande mídia nacional revelou em seguida com destaque em seus veículos os meandros da empresa no setor de combustíveis e detonaram a bomba. Matérias no Jornal Nacional e Fantástico da TV Globo; nos jornais O Globo, Estadão e Folha de S.Paulo; na Band TV entre tantos outros confirmaram o cerco judicial ao grupo.

Tentar comprar espaço na mídia para defender o indefensável, e atacar a mesma imprensa que descerrou a cortina dessa farsa, será o fim de vez do grupo escancarado à sociedade.

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