Serra catarinense: 6 atrações imperdíveis para você conhecer e experimentar

Região das cidades mais altas de todo o Estado, a serra catarinense é formada por uma combinação de clima frio, paisagens naturais deslumbrantes, vida campeira, tradições, riquezas gastronômicas e povo acolhedor.

Das inúmeras atrações que se pode (e deve) conhecer na serra catarinense, elencamos seis. Todas elas estão relacionadas à natureza exuberante da região. Mesmo as vinícolas não estão focadas apenas no paladar de seus visitantes. As experiências que oferecem aos turistas estão completamente relacionadas à paisagem ao redor.

Começamos com a cidade que é porta de entrada da serra catarinense e seguimos por outros cinco municípios apresentando apenas uma de suas tantas atrações especiais.

Expedição ao Morro Bela Vista do Ghizoni, em Bom Retiro

Foto de uma mulher com uma grande mochila nas costas e um cajado de caminhada nas mãos. Ela está caminhando no alto de um morro. Ao redor, vários outros morros verde.

O ponto mais alto de todo o estado fica na serra catarinense – Foto: Dario Lins/Eco Trilhas Serra Catarinense/Divulgação

Fora as inúmeras cachoeiras que podem ser desfrutadas em Bom Retiro, a atração mais inusitada, imperdível e também difícil é alcançar o ponto mais alto de toda Santa Catarina, em uma expedição que leva dias de caminhada pela beira de penhascos, em mata e com os pés encharcados d’água pelo banhado e pelas turfeiras.

O Morro Bela Vista do Ghizoni está a 1.827 metros de altitude e faz parte do Campo dos Padres, um enorme planalto que compõe a Serra Geral e atravessa diferentes cidades da serra catarinense.

A jornada dura três dias e tem como cenário montanhas, cânions, rios e cachoeiras. Isso sem falar no nascer do sol, no mar de nuvens que pode se formar na fenda dos cânions e de um fenômeno que ocorre em determinados períodos do ano: o sol surgindo ao mesmo tempo que a lua se despede.

Tamanha aventura só pode ser feita na companhia de guias experientes e especializados. A operadora de turismo que administra a área é a Eco Trilhas serra catarinense.

Pedra Furada, em Urubici

No centro da foto, a Pedra Furada, na Serra Catarinense. Ela é uma rocha alta e larga e possui um vão no meio. Ela está em cima de um morro coberto pela vegetação. Ao fundo, aparecem outros morros.

A trilha da Pedra Furada é um dos pontos turísticos mais procurados de Urubici, na serra catarinense – Foto: Pixabay/Divulgação/ND

Escultura natural que lembra uma janela (ou porta) aberta para o céu, a Pedra Furada é um dos cartões-postais de Urubici e de toda a serra catarinense.

Além de ser uma estrutura geológica inusitada, em dias de pouca nebulosidade, é possível ver cânions, vales e até o litoral de SC lá do alto. Em outros momentos, um chão de nuvens pode surgir bem diante dos olhos.

A Pedra Furada fica de frente ao Morro da Igreja, dentro do Parque Nacional São Joaquim, uma unidade de conservação federal. Entrar lá requer agendamento prévio e gratuito com o ICMBio.

Logo no início do parque um mirante oferece uma vista privilegiada do cartão-postal e é uma opção acessível para quem não quer ou não pode caminhar até ela.

Estar “dentro” da Pedra Furada exige uma caminhada de cerca de quatro quilômetros (apenas ida), em meio a trechos úmidos, outros pedregosos, subidas e descidas. É passeio para um dia inteiro. Na companhia de um guia será mais fácil e seguro. Vale a pena!

Cânions de Bom Jardim da Serra

Ocupando toda a foto o alto Cânions das Laranjeiras. No lado esquerdo, aparece uma parte do cânion onde o terreno do topo é mais plano. Do lado direito, o cânion apresenta formas mais pontiagudas e irregulares.

Cânion das Laranjeiras é um dos inúmeros gigantes da serra catarinense – Foto: Benito Sbruzzi/Divulgação

O destaque de Bom Jardim da Serra são seus três principais cânions. Do alto de altitudes que ficam em torno de 1.500 metros, é possível ter vistas deslumbrantes a partir do Cânion da Ronda, do Cânion do Funil e do Cânion das Laranjeiras.

As experiências nestes cânions da serra catarinense incluem caminhadas, passeios de 4×4, quadriciclos e cavalgados pelos platôs (parte alta do cânion), a serem contratados com guias e agências locais. A entrada em cada um deles requer autorização dos proprietários, mediante pagamento de taxa.

A distância entre os três é de cerca de 40 quilômetros. O da ronda é o de mais fácil acesso dos três e fica próximo ao Mirante da Serra do Rio do Rastro (que vale a pena conhecer) com vista panorâmica para uma das estradas mais bonitas do Brasil.

Revoada do Papagaio-Charão, em Urupema

Milhares de papagaios cruzam o céu de Urupema diariamente - Omar Junior Cardoso/Divulgação

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Milhares de papagaios cruzam o céu de Urupema diariamente – Omar Junior Cardoso/Divulgação

A revoada atrai turísticas do Brasil e do mundo para a Serra Catarinense - Omar Junior Cardoso/Divulgação

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A revoada atrai turísticas do Brasil e do mundo para a Serra Catarinense – Omar Junior Cardoso/Divulgação

Eles vêm à Urupema em busca de pinhão para se alimentar - Omar Junior Cardoso/Divulgação

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Eles vêm à Urupema em busca de pinhão para se alimentar – Omar Junior Cardoso/Divulgação

A cidade de Urupema é palco de um fenômeno que é exclusivo não apenas da serra catarinense mas de todo o Brasil. Quando o outono se aproxima, um bando de mais de 20 mil pássaros chegam ao município vindos do Rio Grande do Sul.

A revoada do Papagaio-Charão atrai turistas observadores de aves do Brasil e do mundo todo e tem até um festival organizado para isso. Em geral, no interior da cidade estão os pontos mais privilegiados para vê-los, por conta da proximidade à Mata de Araucária, motivo pelo qual eles vêm a Urupema (comer pinhão).

Pelo interior, há diferentes pousadas onde se pode observá-los, assim como na Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Papagaios de Altitude e no Morro do Combate. Ainda assim, mesmo do Centro da cidade serrana é possível vê-los voando em bando próximo às 7h e 17h nos meses outonais.

Vinícolas de São Joaquim

No centro da foto, uma mulher jovem, de pele morena e cabelos pretos, longos e soltos está deitada em um tapete xadrez sobre um gramado. Ela segura uma taça de vinho na mão e ao lado há uma tábua de frios. Atrás, o prédio da vinícola, em tons de amarelo e marrom.

É comum as vinícolas oferecerem piqueniques, visitas guiadas, almoços, entre outras experiências. Na foto, a vinícola Leone Di Venezia – Foto: Marcelo Feble

Dos produtos gastronômicos de São Joaquim reconhecidos por sua qualidade e exclusividade com o selo de Identificação Geográfica (IG), vários deles ela partilha com outras cidades da serra catarinense. É o caso dos vinhos finos de altitude.

Entretanto, é ela a cidade serrana com o maior número de vinhedos e de vinícolas abertas ao público. A região do Vale do Complexo dos Vinhedos, no interior do município, é a rota que concentra a maior quantidade delas, um total de sete. Por outras localidades interioranas de São Joaquim estão as outras seis a se conhecer.

Além da bebida em si, as propriedades são focadas no turismo de experiência e oferecem aos visitantes visitas guiadas às fábricas, degustações, refeições harmonizadas, piqueniques nos parreirais, eventos que combinam música e pôr do sol, além de hospedagem. Experiências especiais e particulares da serra catarinense.

Coxilha Rica de Lages

Foto de quatro homens andando à cavalo sobre um colina com grama alta. Ao fundo, o céu azul com nuvens.

Cavalgada é uma das atrações turísticas da Coxilha Rica, na serra catarinense – Foto: Coxilha Rica/Divulgação

Principal destino de turismo rural em Lages, a Coxilha Rica é um distrito com mais de mil quilômetros quadrados de extensão, que abraça também os municípios de Capão Alto e Painel, todos na serra catarinense.

A região é marcada pela natureza e pela história, intimamente ligada aos tropeiros do século 19. Cheia de fazendas históricas, algumas delas abertas à visitação e hospedagem, é possível também participar de passeios e expedições pela região.

Longas caminhadas, passeios de 4×4 e cavalgadas são algumas opções e passam por bosques de araucárias, rios cristalinos, pelas verdes colinas (coxilhas) e fazendas. Pelo caminho, ainda dá para parar em alguma propriedade e conhecer/experimentar/comprar o reconhecido queijo artesanal serrano.

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