Conheça o tuco-tuco, nova espécie de roedor descoberta na Argentina e que já está ameaçada

Após uma investigação realizada pelo programa MatrizViva da Bodega Argento, na Fazenda Agrelo, uma nova espécie de roedor foi descoberta em uma na Argentina.

Nova espécie do roedor é descoberta na Argentina – Foto: INFOCAMPO/Reprodução/ND

O tuco-tuco Ctenomys Uco é uma nova espécie de roedor considerada única no mundo encontrado somente no Vale do Uco, na Argentina. Essa nova espécie de roedor foi avistada somente duas vezes na região.

Segundo o portal argentino Infocampo, esse animal recebeu o nome em homenagem à região de Mendoza, onde foi encontrado, e foi comprovado que possui ao menos duas populações, uma em Tupungato e outra em Tunuyán.

Características da nova espécie de roedor

A doutoranda do Conicet (Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas), no Instituto Argentino de Pesquisa em Zonas Áridas, comentou um pouco sobre a espécie.

“Na grande biodiversidade que tem o Vale do Uco podemos encontrar diversas espécies de mamíferos e, entre eles, os roedores do gênero Ctenomys, conhecidos como tuco-tucos”, comentou em fala para o portal argentino”.

“São animais de hábitos subterrâneos, cuja distribuição está restrita ao cone sul da América do Sul. Ou seja, não existem em nenhum outro lugar do mundo”.

Os tucos-tucos são um dos roedores mais diversos que existem, sendo descritas cerca de 69 espécies, dentro deste gênero. No início, foi constatado que a nova espécie de roedor tinha pelo menos duas populações, uma em Tupungato e outra em Tunuyán, ambas regiões da Argentina.

O primeiro deles foi encontrado em áreas de produção de vinho e o segundo, na zona montanhosa conhecida como “Cajón de Arenales”, em Tunuyán. Após algum tempo de pesquisa, em outro vinhedo que faz fronteira com Tupungato, foi encontrada outra população desta mesma espécie.

Animal foi encontrado no Vale do Uco – Foto: INFOCAMPO/Reprodução/ND

Recém-descoberto e já ameaçado

Apesar da grande variedade, os tuco-tucos enfrentam diversos problemas de conservação, pois seus hábitos são pouco conhecidos e, em muitos casos, vivem em ambientes ameaçados.

Por esta razão, é importante identificar as populações para concentrar adequadamente os esforços de conservação naquelas que podem apresentar algum grau de ameaça.

Com isso, o Bodega Argento realiza o programa MatrizViva, que surge e se desenvolve para conhecer e compreender os organismos vivos, a água, o solo e o meio ambiente que coabitam nos vinhedos, a fim de alcançar uma coexistência sustentável.