Como é a apuração das Eleições dos EUA?

Os Estados Unidos e o mundo se preparam para um momento decisivo: a apuração das eleições dos EUA. A expectativa é cada vez maior. Entretanto, a contagem de votos também é algo complexo, em comparação com o sistema eleitoral do Brasil. A apuração norte-americana é marcada por singularidades, assim como todo o processo eleitoral do país.

A data da eleição dos Estados Unidos é nesta terça-feira, dia 5. Entretanto, não é possível cravar quando o anúncio do vencedor será feito. Além das estruturas do sistema eleitoral norte-americano, as circunstâncias também influenciam a apuração das eleições dos EUA.

apuração das eleições dos EUA: o que você precisa saber

Apuração das eleições dos EUA: olhos do mundo voltados para momento decisivo | Foto: Istock/ND

Nesta corrida presidencial, em que Kamala Harris, do Democrata, e Donald Trump, do Republicano, são os principais candidatos, o contexto da apuração das eleições dos EUA também envolve questionamentos e até mesmo acusações, sem provas, de fraude eleitoral na Pensilvânia.

Como é a apuração das Eleições dos EUA? Entenda o processo e suas etapas

Processo de apuração das Eleições Americanas

Como funciona a contagem de votos nas eleições americanas? Os Estados Unidos não têm um órgão que centraliza o sistema eleitoral. Cada estado tem autonomia para definir as regras envolvendo as eleições. Isso impacta também na apuração das eleições dos EUA.

Cada estado pode ter um horário de finalização da votação, por exemplo. Na Flórida, é possível votar até as 21h (no horário de Brasília), enquanto a votação na Pensilvânia vai até as 22h (também no horário de Brasília).

apuração das eleições dos EUA: expectativa pelo anúncio do vencedor

Apuração das eleições dos EUA: não dá para cravar quando o anúncio do vencedor será feito | Foto: Istock/ND

Além disso, cada estado pode definir a dinâmica da apuração das eleições dos EUA. Tem estado que faz a contagem dos votos antecipados antes. Nos Estados Unidos, existe a possibilidade de votar antes da data da eleição, seja de forma presencial ou via Correios.

Por sinal, a votação por correspondência também influencia na apuração das eleições dos EUA. A Geórgia, por exemplo, tem expectativa de contabilizar 70% dos votos até as 22h. Isso em função da votação antecipada e do pré-processamento das cédulas enviadas pelos correios.

O voto pelo correio é algo consolidado nos Estados Unidos e bateu recorde em 2020, no contexto da pandemia. A opção é uma maneira de incentivar a participação do eleitorado – o voto é facultativo nos EUA.

Desta forma, a apuração das eleições dos EUA pode ser algo complexo, em comparação com a brasileira, em que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em questões de horas, divulga o vencedor do pleito.

Etapas da apuração das Eleições nos EUA

Embora a data da eleição de 2024 seja 5 de novembro, nesta terça-feira, a votação já começou nos Estados Unidos. Por sinal, até o sábado, dia 2, mais de 75 milhões de eleitores votaram antecipadamente, seja de forma presencial, seja pelos correios.

apuração das eleições dos EUA: regras definidas para recontagem de votos

Apuração das eleições dos EUA: recontagem de votos é uma possibilidade | Foto: Istock/ND

Segundo dados do Laboratório Eleitoral da Universidade da Flórida, só a Geórgia teve mais de quatro milhões de votos antecipados, o que representa cerca de 80% do número total de eleitores que votaram na eleição de 2020.

A modalidade antecipada, assim, contribui para a democracia norte-americana. Lá, o voto é facultativo. Agora, a expectativa é grande para a votação desta terça-feira. Entretanto, o ritmo da apuração das eleições dos EUA depende das regras de cada estado.

A diferença do horário de fechamento das urnas é um fator que explica por que não é possível fazer uma previsão sobre a apuração das eleições dos EUA. A contagem de votos é iniciada em alguns locais, enquanto em outros a votação continua aberta.

Tem estado que conta previamente os votos antecipados. Por outro lado, também existe estado que apenas “separa” esses votos e inicia a contagem só após o fechamento das urnas.

Outro fator que envolve a apuração das eleições dos EUA é que a contagem pode ser manual em relação aos votos em cédula de papel, contar com a ajuda da tecnologia (um scanner óptico) ou utilizar as duas maneiras.

A tabulação dos votos com a ajuda de máquinas de leitura óptica é a mais recorrente nos Estados Unidos. Entretanto, em alguns locais, os votos são contados manualmente. A Geórgia vai usar as duas maneiras, após uma nova lei ser aprovada no estado. Primeiramente, os votos serão lidos pelo equipamento. A segunda etapa será a contagem manual, em que três funcionários de cada seção eleitoral vão abrir as caixas de votos para fazer a contagem.

Segundo dados do “Verified Voting”, cerca de 70% do eleitorado norte-americano vota em uma cédula de papel preenchida à mão, enquanto cerca de 5% do eleitorado utiliza o método eletrônico. Já 25% usa uma máquina que gera um voto impresso, mas o dado não é armazenado eletronicamente.

Como não existe um órgão que centralize o sistema eleitoral, a apuração das eleições dos EUA não ocorre de forma uniforme e nacional. Assim, cada estado divulga separadamente os resultados locais. A imprensa, então, reúne os dados para dar uma visão global da apuração.

Outro fator que pode atrasar a apuração das eleições dos EUA é uma eventual recontagem obrigatória de votos em alguns estados. Existem regras que determinam recontagem em alguns estados. No Arizona e na Pensilvânia, dois estados-pêndulo em 2024, se a diferença entre os candidatos for igual ou menor a 0,5% dos votos totais, a recontagem é obrigatória.

apuração das eleições dos EUA: regras variam de estado para estado

Apuração das eleições dos EUA: cada estado define as regras | Istock/ND

Além de leis obrigatórias para a recontagem, estados como Nevada, Carolina do Norte, Wisconsin e Geórgia permitem, respeitando algumas condições, como justificativa e custos, que os candidatos entrem com pedidos de recontagem de votos.

Assim, a possibilidade de recontagem dos votos é mais um fator que pode atrasar a apuração das eleições dos EUA. Nesta corrida presidencial, as pesquisas mostram equilíbrio entre Kamala Harris, atual vice-presidente dos Estados Unidos e candidata do Partido Democrata, e Donald Trump, ex-vice-presidente e candidato do Partido Republicano. Eles são os principais candidatos deste pleito. Assim, a diferença nas urnas pode ser pequena.

As recentes acusações de Donald Trump de fraude eleitoral na Pensilvânia indicam que a apuração das eleições dos EUA pode ser palco de mais polêmicas e talvez até um processo mais demorado.

Todo esse contexto (formas diferentes de votar e autonomia do estado) explica como é a apuração das eleições presidenciais americanas e por que o resultado da eleição pode demorar. Em 2020, quando o democrata Joe Biden superou o republicano Donald Trump, o anúncio demorou quatro dias após o fechamento das urnas, por exemplo.

Como é a apuração dos votos presenciais

Os escritórios estaduais e locais são os principais agentes envolvidos nas eleições dos Estados Unidos, enquanto uma Comissão Federal dá suporte aos estados. As regras e protocolos da apuração podem variar, de acordo com o estado. Entretanto, a integridade do voto é baseada em cinco pilares:

  • certificação de que apenas os eleitores elegíveis possam votar
  • contagem dos votos de forma segura e correta
  • certificar os resultados antes que sejam oficializados e públicos
  • desenvolver parcerias com órgãos federais para proteger contra interferências externas
  • proteção da integridade da eleição por meio de camadas de segurança

Seja manualmente ou com ajuda da tecnologia, os Estados Unidos contam com protocolos de segurança em relação ao voto. O processo passa por um crivo que avalia o registro do eleitor e a inscrição dele para votar, bem como avalia assinatura e dados pessoais de cada cidadão.

Todo o processo de votação envolve protocolos definidos. Os funcionários eleitorais, por exemplo, têm registros detalhados do número e da localização dos boletins de votos, que são protegidos e transportados para os escritórios eleitorais.

As urnas eletrônicas também têm mecanismos de proteção. Os funcionários eleitorais testam os aparelhos com frequência. As máquinas passam pelo que é chamado de testes de “lógica e precisão”. A Comissão de Assistência Eleitoral participa deste processo.

O papel do voto por Correio e apuração

Empresa estatal dos Estados Unidos, o Serviço Postal é o responsável pela logística da votação pelo correio. O eleitor deve preencher a cédula e postar no correio. A apuração do voto acontece em duas etapas. A primeira é a autenticação da cédula, em que o órgão estadual verifica se a assinatura é compatível com a do documento de eleitor. Se autenticada, a cédula vai para a contagem, que é a segunda etapa.

apuração das eleições dos EUA: votos pelos correios desafiam logística norte-americana

Apuração das eleições dos EUA: votação pelo correios influencia em uma possível demora na contagem dos votos | Foto: Istock/ND

O estado tem autonomia para decidir se inicia a contagem dos votos pelos correios antes do dia da eleição ou se faz toda a contagem após o fechamento das urnas. Por sinal, é outro fator que influencia no ritmo da apuração das eleições dos EUA.

A votação por correspondência é uma opção consolidada nos Estados Unidos e que tem origem na Guerra de Secessão (entre 1861 e 1865) e depois foi ampliada. A modalidade também tem regras que variam de estado a estado. Tem estado que envia as cédulas para todos os eleitores registrados, enquanto outros exigem que os eleitores solicitem a inscrição. Em alguns locais, é necessário apresentar justificativa para votar pelos correios.

Cada estado define os prazos em relação à votação por correspondência. Assim, o período para que as cédulas cheguem aos locais de apuração também varia de acordo com a localidade, o que pode impactar na contagem dos votos e atrasar o resultado da disputa presidencial.

Por mais que a modalidade do voto por correio nas eleições dos EUA seja tradicional, ela também lida com críticas quanto à logística, que significa um desafio em um país da extensão territorial dos Estados Unidos. Além disso, já sofreu ataques de Donald Trump, com acusações, sem provas, de possibilidades de fraudes.

Como funciona a apuração do Colégio Eleitoral?

O Colégio Eleitoral é um agente fundamental no sistema norte-americano. Ele é o responsável por nomear o presidente e o vice-presidente. O voto nos Estados Unidos é indireto, direcionado aos delegados, também chamados de eleitores.

Foco nas urnas: a apuração das eleições dos EUA | Foto: Istock/ND

Cada estado tem um número de delegados. Ao todo, o Colégio Eleitoral tem 538 delegados. Assim, para ser eleito presidente dos EUA, é necessário ter o voto de pelo menos 270 delegados.

O tamanho da população e a representatividade na Câmara e no Senado definem o número de delegados de cada estado. Na maioria dos estados, prevalece a regra chamada “Winner takes all” (o vencedor leva tudo). Assim, o candidato que fizer mais votos em um estado leva todos os eleitores daquele local. Por exemplo, a Califórnia tem 54 eleitores no Colégio Eleitoral. Quem vencer a eleição lá vai levar todos os delegados.

A apuração das eleições dos EUA torna a corrida pelo Colégio Eleitoral e resultados das eleições um tanto quanto dramática. Isso porque em alguns estados a contagem é encaminhada, enquanto as urnas não foram fechadas em outros locais. Ou seja, com resultados parciais e apuração dos votos concomitantemente.

Assim, um candidato pode começar bem a corrida da contagem de votos, mas depois perder força, ao longo que a apuração das eleições dos EUA avança em outros estados. E também existe o contexto de que muitos estados são definidos quanto à identificação partidária. É mais um componente importante na apuração das eleições dos EUA.

Voto Popular x Voto do Colégio Eleitoral

Quais as diferenças entre voto popular e Colégio Eleitoral? O sistema indireto dos EUA se concentra no Colégio Eleitoral. A dinâmica de como funciona o sistema eleitoral americano permite que seja possível um candidato se eleger presidente com menos votos populares, o que aconteceu em 2000 e em 2016.

Donald Trump se elegeu em 2016 com menos votos nas urnas em relação à rival Hillary Clinton. A representante do Democrata naquela ocasião teve quase três milhões a mais de votos populares do que Trump. Entretanto, não “ganhou”. Isso porque o republicano conseguiu 56,5% dos delegados do Colégio Eleitoral. Assim, foi nomeado presidente dos Estados Unidos.

Corrida presidencial dos Estados Unidos chega ao fim: expectativa grande para apuração das eleições dos EUA | Foto: Istock/ND

Na disputa de 2016, Hillary superou Trump em alguns estados mais populosos, como Califórnia e Nova York. Contudo, o triunfo do republicano em estados-chave, mesmo que por uma margem pequena de votos, prevaleceu na corrida presidencial e no Colégio Eleitoral.

Já em 2000, a Flórida foi decisiva para a vitória de George W. Bush. Ele venceu no estado por cerca de 500 votos a mais do que Al Gore, algo que se configurou como essencial para o triunfo republicano naquela corrida presidencial.

Na votação geral, Al Gore teve cerca de 500 mil votos a mais em relação a Bush. Contudo, ele conquistou 266 delegados, enquanto o rival republicano ficou com 271 eleitores do Colégio Eleitoral. Assim, George W. Bush foi nomeado presidente dos Estados Unidos.

O fato de o voto popular não prevalecer é uma das críticas que a dinâmica do Colégio Eleitoral enfrenta. O sistema lida com questionamentos e pedidos de reformas ou até mesmo de extinção.

O funcionamento do Colégio Eleitoral explica por que a vitória em cada estado é essencial na corrida presidencial, o que também impacta na apuração das eleições dos EUA e reforça o foco nos estados-pêndulos.

A influência dos estados-pêndulo na apuração dos resultados

Como o cenário partidário é consolidado em muitos estados norte-americanos, a corrida presidencial se concentra mais nos “swing states”, também conhecidos como estados-pêndulo. São locais decisivos, em que as projeções mostram indefinição e que a vitória nestes locais pode ir para qualquer um dos lados.

Olhares atentos para os estados-pêndulo, decisivos na apuração das eleições dos EUA  | Foto: Istock/ND

O mapeamento para identificar os swing states leva em consideração pesquisas de intenção de votos, tendências políticas, resultados de eleições anteriores, perfil dos candidatos e mudanças demográficas.

Em relação à apuração das eleições dos EUA, o foco também é grande nas urnas dos estados-pêndulo. Trata-se de uma contagem decisiva e cercada de expectativa para o resultado final.

Ao longo da corrida presidencial de 2024, Kamala e Trump deram atenção especial aos swing states. Inclusive, eles contam com vices que têm importância em uma região fundamental e que pode ser decisiva na apuração dos votos nos estados-pêndulo.

Estados-Pêndulo em destaque nas Eleições 2024

Nesta corrida presidencial, Pensilvânia, Michigan, Wisconsin, Arizona, Geórgia, Nevada e Carolina do Norte são os estados-pêndulo. O Cinturão da Ferrugem, área que engloba estados do Centro-Oeste e Nordeste do país, como Pensilvânia, Michigan, Minnesota, Ohio, Iowa, Indiana e Wisconsin, é um ponto decisivo e que vem recebendo atenção especial.

Donald Trump, por exemplo, escolheu J.D. Vance, senador de Ohio, para ser o vice-presidente da chapa republicana. Já a democrata Kamala Harris, por sua vez, tem Tim Walz, governador do Minnesota, como vice.

Na configuração dos atuais estados-pêndulo, a Pensilvânia é a mais cobiçada. Isso porque conta com 19 delegados. Na última eleição, Joe Biden, atual presidente, venceu por uma margem apertada, enquanto que, em 2016, o republicano Donald Trump levou a melhor.

Michigan, que tem 15 delegados, viveu situação igual à da Pensilvânia nas duas últimas eleições: Trump venceu no estado em 2016 e viu Joe Biden levar a melhor quatro anos depois.

Wisconsin era um estado considerado democrata. Entretanto, Trump venceu lá em 2016. Biden “recuperou” o local, que conta com dez delegados, em 2020.

O histórico do Arizona, que conta com 11 delegados, pendia para o lado republicano. Contudo, Joe Biden superou Trump em 2020 por pouco mais de 10 mil votos. A Geórgia, que detém 16 delegados, é mais um estado com histórico republicano que teve triunfo de Biden há quatro anos.

Com seis delegados, Nevada apresenta um histórico democrata nas últimas quatro eleições. Contudo, em 2022, o republicano Joe Lombardo se elegeu como governador.

A Carolina do Norte, com 16 delegados, vem sendo reduto republicano desde 2012, mas é governada por Ray Cooper, um democrata, desde 2017. É mais um local em aberto no mapa eleitoral dos EUA em 2024.

Transparência e segurança no processo de apuração

Além dos protocolos de segurança e transparência da apuração das eleições dos EUA, algumas medidas extras têm sido adotadas em 2024. Alguns estados reforçaram a segurança das urnas após ataques.

No estado de Oregon, por exemplo, um homem incendiou três urnas. Assim, a segurança foi reforçada nas urnas de Portland. Outros locais também foram vítimas de ataques: Vancouver e Washington.

Além disso, existe uma preocupação com a certificação do resultado das eleições e procedimentos pós-eleição nos EUA. Tradicionalmente, o evento acontece no Capitólio, em janeiro. A Secretaria de Segurança Interna trata a certificação prevista para 6 de janeiro de 2025 como um evento nacional de segurança especial. Assim, prepara um grande esquema de proteção.

Em 2021, os Estados Unidos presenciaram uma invasão ao Capitólio no dia da certificação da vitória de Joe Biden. Naquela ocasião, o contexto apontava ataques de Trump ao processo eleitoral e questionamentos sobre a derrota nas urnas.

Além das medidas extras para a votação e futura certificação, os Estados Unidos reforçam a integridade dos protocolos existentes, com o papel dos funcionários eleitorais e as autoridades envolvidas em todo o processo, da votação até a apuração das eleições dos EUA.

Comparação: apuração das Eleições dos EUA e do Brasil

O sistema eleitoral brasileiro tem diferenças estruturais em relação ao norte-americano. O TSE coordena todo o processo, com uma apuração ágil, em comparação com a dos Estados Unidos.

No Brasil, a votação só é feita por meio da urna eletrônica. Por sinal, o modelo é diferente em relação aos usados nos Estados Unidos. As urnas do País foram desenvolvidas pelo TSE em conjunto com Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Instituto de Estudos Avançados da Aeronáutica, Telebras, Exército e Marinha.

As urnas eletrônicas do Brasil: diferentes das norte-americanas | Foto: Istock/ND

A urna eletrônica brasileira funciona com tecnologia de ponta, em que todos os aparelhos utilizam apenas uma versão dos programas, assinados digitalmente e protegidos. O fato de não ter conexão com a Internet protege de ataques que poderiam buscar acesso externo.

Os votos das urnas brasileiras são armazenados em uma memória interna e outra externa. O Boletim de Urna, relatório impresso em pelo menos cinco vias pela urna eletrônica e fixado publicamente na seção eleitoral, dá transparência à votação. Esses boletins são transmitidos para o TSE e são publicados na Internet como Registro Digital do Voto (RDV).

O TSE, assim, coordena com rapidez o processo de apuração no Brasil. O resultado presidencial sai em poucas horas depois do fechamento das urnas.

Quando podemos esperar os resultados finais das Eleições Americanas?

A expectativa pelo resultado da eleição dos Estados Unidos é grande. Entretanto, não é possível prever quando o vencedor será declarado. Isso porque depende de várias circunstâncias.

Votação dos Estados Unidos: dia decisivo nesta terça-feira | Foto: Istock/ND

Cada estado tem um ritmo diferente, dependendo das regras vigentes e da forma como a apuração é feita. O número de votos pelos correios também influencia a apuração das eleições dos EUA. Além, claro, da possibilidade de recontagem.

Assim, não dá para estimar quando o mundo vai conhecer o vencedor da eleição nos Estados Unidos. Pode acontecer horas depois do fechamento das urnas, mas também pode demorar dias ou até mesmo semanas, principalmente pelo equilíbrio entre os favoritos.

Conclusão: a complexidade e importância da apuração nas Eleições Americanas

Como o sistema eleitoral norte-americano tem pontos bem diferentes em relação ao brasileiro, a apuração das eleições dos EUA é mais um aspecto que chama atenção e se enquadra na complexidade do processo dos Estados Unidos.

A autonomia de cada estado, com regras diferentes para o processo de apuração dos votos nos EUA, reforça como o processo é “descentralizado”, o que implica em particularidades, como é a própria contagem de votos.

A apuração das eleições dos EUA neste ano ainda tem o contexto de um cenário ainda mais polarizado, que já teve acusações de fraude eleitoral por parte de Trump, por exemplo.

Assim, as autoridades norte-americanas têm o desafio a mais de garantir a lisura de todo o processo da apuração das eleições dos EUA, rebatendo as acusações e mostrando que os protocolos de segurança garantem transparência e integridade na contagem de votos.

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