Saiba como um atleta amador brasileiro mudou a história das Olimpíadas

Por João Losekann* | Foto: Comitê Olímpico do Brasil / Divulgação

Nos jogos de Helsinque, na Finlândia, milhares de finlandeses gritavam ‘Da Silva, Da Silva!’

Em 1952 Adhemar Ferreira da Silva surpreendeu o mundo ao quebrar seu próprio recorde mundial quatro vezes em apenas seis tentativas na modalidade de salto triplo nas Olimpíadas de Helsinque, na Finlândia. Nessa mesma ocasião, conquistando sua primeira medalha de ouro, o esportista percorreu o Estádio com a medalha no peito. Sem saber, naquele momento, ele se tornava o primeiro atleta de esporte individual a realizar a famosa “volta olímpica”.

Adhemar se destacou em uma época em que apenas atletas amadores podiam competir nas Olimpíadas, tornando-se o primeiro bicampeão olímpico da história ao conquistar seu segundo ouro nos Jogos de Melbourne, na Austrália, em 1956.

Olimpíadas já aceitaram apenas atletas amadores

Em 1896, com o retorno dos Jogos Olímpicos modernos, o Comitê Olímpico Internacional (COI) estabeleceu que apenas atletas amadores poderiam competir. Essa determinação, de acordo com o COI na época, foi para realizar um evento que “promovesse a paz, a compreensão e a amizade entre os povos”, decidindo assim, que no torneio não haveria prêmio em dinheiro. Essa escolha perdurou por quase um século, sendo revertida apenas após as Olimpíadas de 1988.

No dia 15 de novembro, é celebrado o Dia do Esporte Amador, uma data dedicada a valorizar aqueles que praticam esportes sem fins profissionais. A trajetória de Adhemar é uma inspiração para todos os atletas, amadores ou profissionais, mostrando que é sempre possível superar seus próprios limites.

Domínio público
A volta dos atletas amadores

Nas Olimpíadas de Paris de 2024, pela primeira vez desde 1988, foi realizada uma maratona em que no mesmo percurso teve atletas amadores em conjunto com profissionais. A competição teve os percursos de 10 e 42 km. Batizada de “Marathon Pour Tous”, Maratona Para Todos, contou com 20.024 atletas selecionados de vários países. O Brasil esteve presente, enviando cerca de 140 pessoas, incluindo dois catarinenses.

Herói Nacional

No ano de 2023, Adhemar foi nomeado um dos “Heróis Nacionais”, entrando para o Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria. Fora das pistas, Adhemar mostrava a mesma genialidade. Formado em Direito, Belas Artes, Relações Públicas e Educação Física, ele falava inglês e francês, trabalhou como locutor na Rádio Panamericana de São Paulo, jornalista no Última Hora e serviu como adido cultural do Brasil em Lagos, Nigéria, entre 1964 e 1967. Adhemir faleceu em 12 de janeiro de 2001, aos 73 anos, em São Paulo, capital.

*Estagiário sub supervisão de Fernando Bortoluzzi

SC aparece com um dos menores percentuais de moradores em favelas

O percentual catarinense é de 1,4% de pessoas residindo nessas comunidades, ficando atrás apenas de Goiás (1,3%) e Mato Grosso do Sul (0,6%)

Mais uma vez Santa Catarina mostra porque é um dos estados com melhor qualidade de vida. Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na última sexta-feira (98), o estado é o terceiro no país com o menor percentual de moradores em favelas. O número registrado no território “Barriga Verde” é de 1,4% de pessoas residindo nessas áreas, ficando atrás apenas de Goiás (1,3%) e Mato Grosso do Sul (0,6%).

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