Exposição “Por Causa de Quê” reúne trabalhos de 10 artistas no Parque da Luz

Mostra inaugura no dia 22 de outubro, às 15h, com conversa com artistas e perfomances 

Dez artistas integram a mostra “Por Causa de Quê” que abre no dia 22 de outubro na Sede do Parque da Luz, em Florianópolis. A exposição é resultado de uma série de encontros do Grupo de Estudos Impossibilidade de Esgotamento, coordenado pela artista Kamilla Nunes, que assina a curadoria dos trabalhos. As obras são produções dos artistas Meg Tomie Roussenq, Ilca Barcellos, Andrea V Zanella, Silvia Zanatta Da Ros, Carol Passos, Francine Bagnati, Marcio Silva, Katia Verás, Laïs Krüken e Ruth Kipper. 

No dia 22 de outubro, às 15h, haverá uma conversa com o coletivo sobre o processo criativo dos trabalhos. Em seguida, alguns deles farão performances que podem ser acompanhadas pelo público no Parque da Luz. A mostra reúne fotografias impressas fine art, objetos, impressos/postais, bordados e fotografia pinhole. 

De acordo com Kamilla Nunes, “Por Causa de Quê” resulta de estudos realizados durante o segundo semestre de 2022. “A partir de uma proposta metodológica que previa a insistência e persistência dessas causas foram trabalhados diversos suportes (desenho, pintura, fotografia, performance, escultura, cerâmica, etc.). Foram exploradas tanto questões sociais, políticas e ambientais, a partir de temas como saúde pública, feminismos e semeaduras, quanto questões estéticas e de linguagem, a partir de uma reflexão sobre a coletividade e a infiltração das esferas das artes visuais no cotidiano, na literatura, e nos mais diversos corpos”, explica a curadora. 

O nome “Por Causa de Quê” remete à ideia de que “causa” está em toda parte. “Somos desafiados a considerar nossa própria relação com as causas que nos impulsionam enquanto espectadores/as, uma vez que a arte tem o potencial de contestar as normas e hierarquias sociais. Isso implica uma visão democrática da arte, onde nossa participação ativa desempenha um papel fundamental na busca pela reconfiguração das sensibilidades e percepções sociais.”, define Kamilla.

Sobre os artistas

MEG TOMIO ROUSSENQ – Artista visual nascida em Rio do Sul (SC), graduada em Comunicação Social/ Jornalismo pela PUC – Rio Grande do Sul, especializou-se em pintura mural e afresco em Mezzolombardo, Itália.  É mestre em Poéticas Visuais na linha de processos de criação pelo Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais (PPGAV–UFRGS). Atua há 25 anos como professora de arte. Como artista já fez mais de 39 individuais e 82 exposições coletivas, escreveu mais de 38 textos críticos para artistas de SC, assim como criou, orientou e desenvolveu projetos expositivos nacionais e internacionais. Assinou inúmeras curadorias no Estado. Vive e trabalha em Florianópolis há 16 anos, e NACASA coletivo artístico desde a sua criação em 2008 até 2023.

ILCA BARCELLOS – Natural de Pelotas (RS) 1955. Vive e trabalha em Florianópolis, SC. É artista visual, graduada em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e mestre em Biologia Vegetal pela Université Pierre et Marie Curie, Paris VI. Em 2006, ingressou no campo artístico por meio da cerâmica, participando de exposições coletivas nacionais e internacionais. Em seu processo investiga as possibilidades conceituais que tangem um duplo percurso: científico e artístico; e busca indagar através de sua produção a poética do pulsar, do devir. Participa de salões nacionais e internacionais desde 2007. Em 2008, através do Salão dos Jovens Artistas de Santa Catarina, ganhou o Prêmio Aquisição do Museu de Arte de Santa Catarina (MASC) e em 2016 conquistou o terceiro lugar do 1º Salão de Artes Visuais de Navegantes, SC. Participou de residências artísticas no Canadá e em Cuba.

LAÏS KRÜCKEN – Natural de São Paulo (SP) é formada em Fonoaudiologia, tendo atuado na clínica e na docência em São Paulo (SP), Salvador (BA), Taubaté (SP) e Florianópolis (SC), cidade onde reside desde 1994. Nas artes visuais, área a que atualmente se dedica, pesquisa elementos orgânicos em transformação natural e objetos banais do cotidiano urbano, do ponto de vista das singularidades e composição de linguagens. Tem participado de algumas exposições, entre as quais: Linha do tempo: Linguagens. (Espaço das Oficinas CIC, 2017);  Das tipuanas pelos ares. (Espaço Cultural Armazém – Coletivo Elza  e Coletivo NaCasa, 2018); Mundo Líquido. Instalação realizada pelo Grupo Devaneios (Espaço das Oficinas CIC, 2018); Fronteiras em Aberto. 14ª Bienal Internacional de Curitiba – Polo SC (MASC, 2019).

CAROL PASSOS – Natural de Mafra (SC), é jornalista formada pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). É cofundadora, produtora e apresentadora do Posfácio Hub de Jornalismo em Áudio, hub que produz podcasts e reportagens em áudio nas esferas dos direitos humanos e questões sociais, na ciência, literatura e no cotidiano. Em parceria com os artistas Nestor Jr e Vanessa Neuber, participou da criação e desenvolvimento do evento coletivo de arte e moda Estiloarte, realizado em 2010, em Blumenau.  

ANDREA V ZANELLA – Natural de Pato Branco (PR), vive e trabalha em Florianópolis desde 1994. Professora titular aposentada e docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da UFSC, vem desenvolvendo atividades artísticas com diferentes linguagens, como instalações, pinturas, desenhos, escritos, bordados e fotografias. Participou de exposições coletivas desde 2018 e realizou sua primeira exposição individual no Museu da Escola Catarinense, em maio e junho de 2023.

MÁRCIO SILVA – Natural de Florianópolis (SC), nascido em 1976, casado com Luiza e pai do Gustavo. É professor licenciado em Física e doutor em Ciências da Linguagem. Apaixonado por arte e literatura, tem participado de atividades culturais em Florianópolis, como o Quinta Maldita. Possui alguns poemas publicados em revistas de circulação nacional e, no campo das artes visuais, participa do grupo de estudos Impossibilidade de esgotamento desde março de 2022. 

RUTH KIPPER – Nasceu no interior do Rio Grande do Sul e atualmente reside na cidade de Florianópolis. Possui graduação em Arquitetura e Urbanismo pela UFSM, mestrado em Arquitetura e Urbanismo pela UNISINOS e está cursando o doutorado no programa PósARQ – Pós-Graduação de Arquitetura e Urbanismo da UFSC. Seu interesse está voltado para a cidade, em sua essência cotidiana e nos seres que a habitam, assim como nas manifestações artísticas deixadas por estes no espaço urbano. Busca operar no dissenso, explorando suas próprias contradições e fragilidades. Aos poucos, vem se dedicando ao experimental, às experiências e às reverberações que estas trazem. 

SILVIA ZANATTA DA ROS – Gaúcha de nascimento e catarinense a partir do ano de 1978. Professora aposentada pelo Centro de Ciências da Educação da UFSC. Participa de exposições coletivas desde 1996 com expressões variadas: acrílico, carvão, óleo, desenho, colagem; bordados e outros têxteis como mosaico em tecido, mantos e esculturas, por exemplo; intervenção em fotografia; instalações; poesias, textos e atualmente com cerâmica. As obras  tensionam as fronteiras da sobrevida dos pilares da materialidade que sustenta o viver de nossos dias e os fluxos históricos que apontam para sua impermanência.

KATIA VÉRAS – Arquiteta e urbanista nascida em Itajaí, atua como professora da graduação e pós-graduação em arquitetura nas instituições UDESC e Univali. Em seu Atelier Vertical, atua no desenvolvimento de projetos em parcerias diversas, desenvolvendo, também, projetos ligados às artes e design. Participa, ainda, da Marola Coletiva, um espaço autônomo de reverberação de ideias e propagação de trocas em arquitetura e arte – envolvendo a academia e a comunidade. Tem especial interesse em cerâmica, fotografia e intervenções que conectam o corpo e o espaço na cidade.

FRANCINE  BAGNATI – Nascida e atualmente residente em Florianópolis. É médica com formação em Medicina Interna e Cuidados Paliativos. Trabalhadora do SUS, tem particular interesse em problematizar o cotidiano do seu trabalho através da arte, como forma de dar sentido às interações humanas nos processos de doença. Apaixonada pelas manualidades, transita entre a utilização de diversos elementos, especialmente madeira, fotografia e escrita.

Serviço

Exposição “Por Causa de Quê”

Abertura: dia 22 de outubro, às 15h (conversa com artistas) e 16h (performances). 

Visitação aos sábados e domingos (de 22 de outubro a 19 de novembro), das 14h às 18h. 

Local: Sede do Parque da Luz (Rua Felipe Schmidt 1245, Centro, Florianópolis)

Entrada gratuita

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