Poema: THAY

Ricardo Oliveira

Teu nome contemplado com admiração,
E sua bondade que envolve os anjos do céu!
Uma evidência, um mistério,
A palavra indecifrável de todas as verdades.

O vinho que se derrama sobre as rosas,
E a luminescência tão essencial,
Quanto ao surgimento do sol,
Quando se revela ser insondável.

Aquela escrita livre,
No qual vem a ser até intraduzível,
Legitimando o que é-lhe imensurável,
O que te consagras diante dos deuses.

Este ápice sublime,
Com que banhas-te na noite,
Sendo uma nova linguagem,
Sonorizada inúmeras vezes,
Pelo seu mais puro encantamento.

Trazes sinais profundos,
De que denota o canto hipnotizador,
Das lendárias sereias nas encostas,
Invocando-me como poeta,
Ou um simples trovador.

És incrível assim, como vens,
Deixando-me procurar nos teus olhos,
A melhor epifania que te consentes,
Abrir as portas do ciclo a qual pertences.

Sois o mais sagrado dos cálices,
Das variadas flores das campinas,
Este Santo Graal descoberto,
Que em teus cabelos mereces ter,
Como um receptáculo não encoberto,
Guardando a tua alma como essência,
Da floração das eternas primaveras.

THAY, sendo a própria expressão do inexplicável,
A substância daquilo que é real,
O perfeito enigma da imortalidade,
Cuja a inspiração, subtende-se por “substancial”.

E sendo-te um dos signos dos dias,
Representas as nobrezas das perfumarias,
Que exalam por caminhos onde teus pés pisam,
Mostrando o sorriso a refletir mais que as pedrarias.

Quem és afinal?
A página escrita de uma epístola,
Com as penas tiradas das asas aladas,
De um cavalo branco e mitológico?

Quem sabe o néctar,
Das supremas mulheres celtas?
O pranto, a qual despertou um “ser” em sonhos?
Ah, quem pode, então, vir a compreender,
Em ti, a juventude e a retórica,
O tempo e a vida?

Apenas seja quem já te propuseste a existir!
Não mudando a beleza de tua fonte,
Nem escondendo do mundo a face,
Cujos segredos teus se ocultam.

Isso, para que ninguém saiba,
A constância dos seus amanheceres,
Deixando indefinido, sempre!
O tanto que não há como enxergar,
Dentro do seu interior: “os símbolos”,
A definição, a qual nenhum dicionário dará.

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