

Valor do dólar fechou o dia em queda nesta sexta-feira (16) – Foto: Deny Campos/Arte/ND
O valor do dólar fechou o dia em queda nesta sexta-feira (16), conforme o Banco Central do Brasil. Pela manhã, a moeda norte-americana estava custando R$ 5,71. Na quinta-feira (15), o fechamento ficou em R$ 5,67.
O dólar encerrou a sessão desta sexta-feira (16) com leve oscilação frente ao real, após a forte alta registrada no dia anterior. Durante todo o pregão, a moeda americana se manteve dentro de uma faixa estreita de variação, influenciada por uma agenda esvaziada e ausência de gatilhos relevantes para movimentos intensos nas cotações.
Às 17h16 (horário de Brasília) desta sexta-feira (16), o dólar à vista operava em baixa de 0,32%, cotado a R$ 5,6644 na compra e na venda. Na B3 (Bolsa de Valores brasileira), o dólar para junho subia 0,11% a 5.710 pontos.
Confira o valor do dólar hoje
Dólar comercial
Usado em negociações internacionais e operações financeiras.
- Compra: R$ 5,669
- Venda: R$ 5,669
Dólar turismo
Voltado para viagens e compras no exterior, sua cotação inclui impostos e taxas.
- Compra: R$ 5,735
- Venda: R$ 5,915
O que fez o dólar cair?
Em paralelo, investidores permanecem atentos ao comportamento do dólar, que apresentou avanços durante a semana em meio às tensões envolvendo as negociações comerciais dos Estados Unidos com seus parceiros internacionais, e à espera de novos indicadores econômicos da maior economia global.
O dólar oscilou também diante de preocupações sobre o cenário fiscal brasileiro. Especulações surgiram na quinta-feira de que o governo federal estaria preparando ações para melhorar a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como um possível reajuste no Bolsa Família em 2026 — o que foi negado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
O Banco Central anunciou, para esta sessão, um leilão de até 30 mil contratos de swap cambial tradicional com o objetivo de rolagem dos vencimentos previstos para 2 de junho de 2025.
Incertezas externas e risco fiscal afetam o valor do dólar
Nos mercados de câmbio internacionais, o valor do dólar operava com baixa volatilidade, registrando apenas pequenas variações frente a moedas fortes como o euro e o iene, e também ante pares emergentes, como o peso mexicano e o peso chileno.
Investidores seguem cautelosos e evitam tomar posições mais agressivas até que haja novas informações sobre os desdobramentos das negociações tarifárias dos Estados Unidos. Os recentes acordos com Reino Unido e China trouxeram otimismo ao mercado, mas ainda há muitas incertezas.
Especialistas afirmam que as tarifas impostas pelo ex-presidente dos EUA, Donald Trump, especialmente contra a China, causaram choques econômicos globais. Qualquer nova medida que sinalize avanços nos acordos comerciais pode influenciar significativamente os ativos internacionais.
“Embora Trump tenha recuado no tema tarifário, os recebimentos permeiam ainda de como ganham a questão entre os EUA e a China nessa guerra comercial e quais serão os impactos econômicos globais que podem ser esperados”, afirmou Marcio Riauba, chefe da Mesa de Operações do StoneX Banco de Câmbio.
Os mercados também esperavam os dados de confiança do consumidor nos EUA, previstos para as 11h. Indicadores recentes, como inflação e vendas no varejo mais fracas, reforçaram as expectativas de que o Federal Reserve possa reduzir os juros ainda este ano.
Operadores já precificaram um corte de 56 pontos-base até dezembro, sendo que a redução da taxa já é quase totalmente esperada para setembro.
No Brasil, mesmo com o foco voltado ao cenário externo, o ambiente doméstico segue pressionado pelas incertezas fiscais, especialmente após as especulações envolvendo medidas políticas com impacto econômico relevante.