

A Chiquita Panamá confirmou a demissão em massa de todos os seus mais de 7 mil funcionários – Foto: Sindicato Sitraibana Instagram Reprodução
A gigante Chiquita Panamá, responsável por 90% da produção de banana no país, anunciou a demissão em massa de mais de 7 mil funcionários após um mês de greve.
O caso revela um momento crítico para o setor e levanta alertas sobre os impactos socioeconômicos das reformas trabalhistas em curso na região.
Greve, demissões e colapso no setor agro
A Chiquita Panamá confirmou a demissão em massa de todos os seus mais de 7 mil funcionários após protestos contra uma reforma previdenciária. Segundo a empresa, a paralisação foi considerada ilegal por um tribunal, justificando o desligamento coletivo.
A companhia, que lidera a produção de banana no país, afirmou que os funcionários “abandonaram seus postos injustificadamente” e que foi forçada a encerrar as operações em Changuinola, na província de Bocas del Toro.
Agronegócio sob pressão e crise social
A situação provocou reações do governo panamenho. A ministra do Trabalho, Jackeline Muñoz, lamentou afirmando que “este é um golpe muito duro para o emprego na província”.
Com o estado de emergência decretado em Bocas del Toro desde 28 de maio, o presidente José Raúl Mulino criou uma comissão especial para tentar conter os danos resultantes da paralisação do setor agrícola e as demissões em massa.
Outros setores como construção civil e educação também aderiram às greves. O movimento teve início em abril e gerou bloqueios em rodovias, suspensão de serviços e confrontos com a polícia. A Chiquita calcula um prejuízo superior a US$ 75 milhões.

A estabilidade do agronegócio garante alimento, emprego e desenvolvimento – Foto: Freepik/ND
Um futuro incerto para o setor no Panamá
A tensão segue alta, com o sindicato afirmando que “vai viver nas ruas” até que os antigos direitos previdenciários sejam restabelecidos. A crise revela os efeitos diretos da política sobre o agronegócio e o emprego.
Enquanto o governo busca alternativas para reverter o cenário, a demissão coletiva coloca em xeque a sustentabilidade do setor agrícola no país. O caso se tornou um símbolo de como decisões políticas podem desestabilizar até mesmo empresas consolidadas do agronegócio.
*Com informações do portal Infobae