Elizia e Everaldo foram mortos pelo ex-marido da mulher, indiciado por feminicídio e homicídio
A Polícia Civil (PCSC) trabalha para esclarecer o crime brutal que resultou na morte de Elizia dos Santos Moraes, de 42 anos, e Everaldo de Souza Amâncio, de 43, em Abelardo Luz, no Oeste de Santa Catarina. O crime ocorreu na manhã do último sábado (7), na frente do filho de 4 anos da mulher.
O autor, de 47 anos, é o ex-marido de Elizia e pai da criança. Ele matou o casal com golpes de faca na rua Nossa Senhora das Graças, bairro Alvorada. Após cometer o crime, o autor tentou fugir a pé, mas foi preso a cerca de 150 metros do local e encaminhado à Delegacia de Polícia de Xanxerê.
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A PCSC indiciou o homem por feminicídio, com aumento da pena pelo filho ter presenciado o crime e mediante recurso que dificultou a defesa das vítimas, e homicídio qualificado por motivo fútil e também recurso que dificultou a defesa da vítima. Somadas, as penas podem chegar a 75 anos de reclusão.
O que se sabe sobre o crime
Segundo as informações coletadas até o momento pela Polícia Militar (PMSC) e a Polícia Civil, Elizia e Everaldo moravam em Clevelândia, no sudoeste do Paraná, a cerca de 35 quilômetros de Abelardo Luz. Eles teriam viajado até a cidade catarinense no sábado para buscar o filho, que estava sob a guarda do pai e hospedado na casa do ex-sogro da vítima.
De acordo com relato de testemunhas à PCSC, quando o casal chegou ao local dos fatos, por volta das 10h, ocorreu uma discussão entre a mulher e seu ex-companheiro. No momento em que Elizia pegou a criança no colo, ela teria sido atingida com diversos golpes de faca nas costas.
Everaldo tentou defender a mulher do ataque, mas também foi atingido e morto com golpes de faca após entrarem em luta corporal. O Corpo de Bombeiros Militar (CBMSC) chegou a ser chamado, mas o casal não resistiu aos ferimentos e morreu no local.
O autor foi preso instantes depois e a faca utilizada para o crime foi encontrada pela polícia escondida no banheiro da casa do pai do autor, onde a criança estava hospedada. O menino recebeu atendimento especializado e ficou sob cuidados do Conselho Tutelar.
Na continuidade da investigação, a Polícia Civil pretende ouvir ainda outras testemunhas e aguarda o resultado das perícias pela Polícia Científica para conclusão definitiva sobre a dinâmica dos fatos.
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