

Mais de 220 leitos na Grande Florianópolis estão ocupados em meio ao estado de alerta relacionado aos casos de SRAG – Foto: Educardo Valente/Estadão Conteúdo/ND
A taxa de ocupação dos leitos de UTI do SUS (Sistema Único de Saúde) na Grande Florianópolis atingiu 95,3% nesta segunda-feira (9), segundo dados atualizados pela SES (Secretaria de Estado da Saúde). A alta pressão no sistema ocorre em meio ao aumento dos casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) no estado.
Dos 233 leitos ativos na região, 222 estão ocupados, restando apenas 11 disponíveis. Sete hospitais da Grande Florianópolis operam com 100% de ocupação. Biguaçu concentra a maioria dos leitos ainda vagos, com sete unidades disponíveis.
No Litoral Norte, os hospitais de Itajaí, Balneário Camboriú, Navegantes, Camboriú e Penha atingiram 100% de ocupação nos leitos de UTI.

Disponibilidade de leitos na Grande Florianópolis é de apenas 11, sendo sete em Biguaçu, três na capital e um em São José – Foto: SES/Reprodução/ND
Ocupação de leitos na Grande Florianópolis atinge quase 100% em meio a estado de alerta a casos de SRAG
A sobrecarga hospitalar acompanha o crescimento dos casos de SRAG causados por influenza. Segundo boletim da Dive (Diretoria de Vigilância Epidemiológica), atualizado na última terça-feira (3), foram registrados 962 casos e 95 óbitos por influenza em Santa Catarina em 2025.
O governo de Santa Catarina alertou que a vacinação contra a gripe continua sendo a forma mais eficaz de prevenção e combate às complicações graves da influenza. A SES, em nota, ressaltou a importância da procura por atendimento precoce, a fim de evitar o agravamento dos casos e a necessidade de internações em leitos hospitalares.
Disponibilidade de leitos na Grande Florianópolis
Florianópolis
- Hospital Florianópolis: 2 leitos;
- Hospital Infantil Joana de Gusmão: 1 leito;
- HU (Hospital Universitário Polydoro Ernani de São Thiago): zero leito;
- Hospital Governador Celso Ramos: zero leito;
- Cepon (Centro de Pesquisas Oncológicas): zero leito;
- Hospital Nereu Ramos: zero leito;
- IEP (Instituto de Ensino e Pesquisa Dr. Irineu May Brodbeck): zero leito;
- Maternidade Carmela Dutra: zero leito.
São José
- Hospital Regional São José Dr. Homero de Miranda Gomes: 1 leito;
- ICSC (Instituto de Cardiologia de Santa Catarina): zero leito.
Biguaçu
- Hospital Regional de Biguaçu Helmulth Nass: 7 leitos.
*Dados atualizados nesta segunda-feira (9)
Santa Catarina tem 95 mortes por Influenza em 2025, mas menos da metade da população de risco se vacinou
Mesmo com a ampliação da campanha de vacinação desde 10 de maio, apenas 40,57% dos grupos prioritários foram imunizados contra a gripe.
Crianças, gestantes e idosos, classificados como grupos prioritários, são o principal foco do alerta. A vacinação contra a gripe, especialmente contra o vírus da influenza, é destacada como essencial para evitar casos graves de SRAG.

Apenas 40,57% dos grupos prioritários foram imunizados contra a gripe, segundo a última atualização da Secretaria de Saúde – Foto: Freepik/Reprodução/ND
Segundo a SES, a vacinação anual contra a gripe é fundamental para combater as mutações do vírus influenza. Além disso, foram listadas medidas complementares de prevenção:
- Lavar as mãos com frequência;
- Usar máscara em caso de sintomas respiratórios;
- Evitar ambientes fechados e com aglomeração;
- Cobrir nariz e boca ao espirrar ou tossir;
- Evitar tocar olhos, nariz e boca com as mãos;
- Higienizar superfícies de contato com álcool (mesas, teclados, maçanetas, corrimãos);
- Não compartilhar objetos de uso pessoal, como copos e talheres.
Sintomas como febre, tosse, dor de garganta, dor muscular, nas articulações ou de cabeça podem indicar o início de uma infecção respiratória grave. A recomendação é procurar atendimento médico quanto antes no posto de saúde mais próximo.