Funcionário que encontrou empresário morto em Interlagos achou que corpo era um boneco; veja o que se sabe sobre o caso – Foto: Reprodução/MD
O corpo do empresário Adalberto Amarilio dos Santos Júnior, de 36 anos, apresentava escoriações no pescoço, o que indica uma possível violência com asfixia. Veja o que se sabe sobre a morte do empresário em Interlagos:
Ele foi encontrado no dia 3 de junho, dentro de um buraco com cerca de três metros de profundidade, em uma área em obras no Autódromo de Interlagos, na zona sul de São Paulo.
No dia da morte, Adalberto teria estacionado o carro em uma área restrita ao público, possivelmente para evitar o pagamento do estacionamento, já que já conhecia o local.
Segundo o portal R7, mais de sete seguranças do evento já prestaram depoimento, além de um amigo e da esposa do empresário. A hipótese de acidente está descartada.
O amigo relatou à polícia que os dois haviam consumido bebidas alcoólicas e drogas, porém, o exame toxicológico deu negativo para ambas as substâncias.
A principal suspeita dos investigadores é que Adalberto tenha sido vítima de um golpe mata-leão, após um confronto físico com seguranças privados. Ele teria tentado cortar caminho por uma área proibida para acessar o carro mais rapidamente, quando se deparou com os seguranças.
Corpo de empresário morto em Interlagos seria concretado em buraco de obra, suspeita polícia – Foto: Reprodução/ND
Vala seria concretada
O corpo foi lançado em um buraco na área de obras. Segundo a polícia, quem o ocultou ali conhecia a rotina interna do autódromo e sabia que aquela vala seria concretada nos dias seguintes, numa tentativa de ocultar completamente o cadáver.
O plano, no entanto, falhou. Um operário da obra estranhou algo dentro da vala e chamou um colega, acreditando se tratar de um boneco. Ao se aproximarem, notaram uma aliança na mão da vítima e acionaram a polícia. O corpo estava sem calça e sem sapatos.
A descoberta do corpo reforçou a suspeita de um possível conflito com os seguranças que atuavam no evento de motociclistas, realizado no autódromo em 30 de maio.
Patrimônio do empresário morto em Interlagos surpreende a polícia
O empresário morto em Interlagos tinha um patrimônio considerável, o que despertou o interesse da polícia para um possível crime premeditado. Ele era dono de uma empresa registrada em seu nome e mantinha uma conta bancária com cerca de R$ 1 milhão.
Adalberto morava com a esposa, Fernanda Dândalo, em uma casa avaliada em R$ 2,5 milhões na região de Aldeia da Serra. O casal também possuía um apartamento em Cotia, na Grande São Paulo, usado para aluguel.
Polícia afirma que amigo de Adalberto, morto em Interlagos, ‘não contou tudo’ – Foto: Reprodução/MD
Entre os bens registrados em seu nome estavam carros de alto valor, como um Volkswagen Virtus, uma moto BMW GS850 e uma SUV HR-V. A polícia também confirmou que Adalberto não possuía dívidas.
Além disso, manchas de sangue foram encontradas no carro da vítima, que está sendo analisado pelos peritos. O desaparecimento de Adalberto ocorreu por volta das 21h do dia 30 de maio, após ele sair do festival.
Quatro dias depois, seu corpo foi localizado em uma área isolada dentro do autódromo, distante da área oficial do evento. A organização do festival afirmou que o estacionamento utilizado pelo empresário ficava fora da zona sob sua responsabilidade.
A esposa da vítima, Fernanda, tem feito apelos por justiça e respostas concretas, diante do silêncio da organização e das lacunas na segurança do evento. O caso segue em investigação pela equipe do DHPP, com análise de imagens, depoimentos e materiais coletados no local.
*com informações do portal R7
