Berbigão do Boca arrasta multidão na abertura do Carnaval de Florianópolis

Público diverso se reuniu no Centro para prestigiar um dos blocos mais tradicionais da Capital
Berbigão do Boca abre os festejos de Carnaval em Florianópolis
Uma multidão se reuniu na noite desta sexta-feira (2), no Centro de Florianópolis, para prestigiar o Berbigão do Boca. O bloco, um dos mais tradicionais da cidade, saiu por volta das 19h da Rua Deodoro em direção à Praça XV de Novembro, após mais de seis horas de concentração no Largo da Alfândega. Anualmente, o grupo abre os festejos de Carnaval na Capital.
O público era diverso. Crianças fantasiadas se misturavam a adultos e idosos com a tradicional camiseta do Berbigão, nas cores rosa, roxo e azul. Grande parte vai anualmente prestigiar o Berbigão.
— Eu venho desde a barriga (da mãe), todo ano — diz o adolescente Mario de Souza, de 13 anos, que visitou o Berbigão junto à família. — Aqui é um dos meus lugares preferidos de Floripa. O público é muito diversificado, são muitas cores.
Outras pessoas estavam na folia pela primeira vez.
— Vimos na TV que hoje era o início do Carnaval e decidimos vir. Estamos adorando — diz a gaúcha Elenir Roth, de 56 anos, que está vindo morar em Florianópolis com a família.
Homenagem a Mestre Rato
Tradicionalmente, o bloco homenageia, através dos bonecos, figuras importantes para a cultura da cidade que morreram nos meses anteriores à folia. Este ano, o homenageado é Nilton Elizeu da Silva, mais conhecido como Mestre Rato, que comandou baterias de várias escolas de samba da Capital, e também do Berbigão do Boca.
— O Mestre Rato foi o primeiro mestre de bateria do Berbigão. Só existiu ele. Morreu no ano passado e neste ano foi escolhido para ser eternizado no Berbigão do Boca. A ideia é levar os mortos pra brincar carnaval. E que essas figuras importantes sejam sempre lembradas, em todos os carnavais, por causa do boneco — diz Denilson Antonio, um dos diretores da montagem dos bonecos.
Os bonecos pesam cerca de quatro quilos e precisam de uma equipe de 70 pessoas para desfilarem no carnaval.
— Deixa de recordação essa alegria aqui do Bloco — fala Eduardo Seara, integrante da bateria, olhando ao redor — Essa tradição de a gente chegar aqui e todo mundo poder tocar, brincar, se divertir.
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