Rabdomiólise e exercícios físicos: riscos e prevenção

A morte do corredor Dorgival Celerino do Nascimento Filho, de 50 anos, após passar mal em uma prova de pedestrianismo, na Serra das Russa, no Agreste de Pernambuco, acende um alerta para os sintomas e prevenção da rabdomiólise.  A condição médica que envolve a destruição das fibras musculares, mais conhecida como “doença do xixi preto”, é um tema de relevância crescente no cenário da saúde, especialmente entre os praticantes de atividades físicas.

De acordo com Diogo Barbosa, profissional de Educação Física e docente do curso de Educação Física da Estácio, a rabdomiólise pode ser desencadeada por diversas causas, incluindo lesões traumáticas nos músculos, exercício intenso, calor excessivo e isquemia muscular. “A condição libera mioglobina na corrente sanguínea, podendo levar a complicações, como danos renais”, explica. Segundo o profissional de Educação Física, entre os principais fatores desencadeantes da doença, estão:

  • Lesões traumáticas: acidentes, quedas ou lesões diretas nos músculos podem desencadear a rabdomiólise;
  • Exercício intenso: atividade física extenuante, especialmente para aqueles não acostumados, pode levar à quebra das fibras musculares;
  • Calor excessivo: exercícios em condições de calor extremo podem contribuir para o desenvolvimento da rabdomiólise;
  • Isquemia muscular: falta de suprimento sanguíneo adequado para os músculos, seja por lesões vasculares ou outros problemas circulatórios.

O especialista orienta que, principalmente para quem faz atividade física de alto rendimento, é importante seguir algumas recomendações para prevenir a  rabdomiólise. “Realizar um aquecimento adequado antes do treino é essencial para preparar os músculos. E a intensidade e a duração do exercício deve ser aumentada gradualmente, permitindo que o corpo se adapte”, aponta.

Além disso, manter a hidratação antes, durante e após o exercício vai auxiliar na eliminação de resíduos metabólicos. “Em exercícios prolongados, considere repor eletrólitos para manter o equilíbrio eletrolítico. Consuma uma dieta equilibrada para garantir que seu corpo tenha os nutrientes necessários. E ao iniciar um novo programa de exercícios, consulte um profissional de saúde ou treinador para orientação adequada”, finaliza.

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