Brasil tem nível de alerta “muito alto” para obesidade, afirma estudo

Nos próximos dez anos, um em cada quatro adultos em todo o mundo será obeso – total que equivale a quase dois bilhões de pessoas. No Brasil, estima-se que 41% dos brasileiros vão passar a conviver com a doença, nesse mesmo prazo. As estatísticas são do Atlas Mundial da Obesidade, elaborado pela Federação Mundial de Obesidade (WOF, na sigla em inglês), que classificou o Brasil como nível de alerta “muito alto”, no que diz respeito a essa condição de saúde.

 

“A obesidade é um problema de saúde pública com prevalência crescente no mundo e no Brasil”, explica o cardiologista Pablo Germano de Oliveira, do IDOMED. “Ela causa mudanças na estrutura e tamanho do coração, comprometendo seu funcionamento. Além disso, aumenta o risco de obstrução das artérias do coração, o que pode levar a complicações graves como infarto e acidente vascular cerebral”, alerta.

 

Mudar o estilo de vida é a solução mais eficaz para combater a obesidade. A jornalista Suzana Beckman, 38 anos, luta há muitos anos para superar essa condição, e chegou a pesar 107 kg quando decidiu realizar a cirurgia bariátrica. Na época, Suzana enfrentava uma série de desafios relacionados à saúde, incluindo pressão arterial elevada e um colesterol total que ultrapassava 400.

 

“Eu era obesa grau 3 e sedentária. Ficava cansada até para falar. Mas esta semana eu subi uma ladeira, que fica no Centro Histórico da cidade onde moro, correndo. Nem acreditei!”, comemorou.

 

PREVENÇÃO

Nem só de cirurgia bariátrica, porém, se faz o desafio de superar a obesidade. “A parte mais difícil é que comer direito requer tempo e planejamento, algo que falta na nossa rotina caótica”, admite ela. “Mas eu tento compensar com outras coisas. Hoje eu vou ao karatê cinco vezes por semana, sempre que posso uso escada em vez de elevador e como salada todo dia, por exemplo”, comenta.

Alimentação saudável e exercícios físicos são, de fato, as melhores estratégias para prevenir a obesidade. “A nível global devemos considerar a promoção a educação nutricional, regulação da publicidade de alimentos não saudáveis, garantia de acesso a alimentos saudáveis, apoio a amamentação, criação de ambientes seguros para a prática de atividade física, implementação de políticas fiscais e a integração de diversos setores para desenvolver e implementar estratégias eficazes de prevenção da obesidade”, enumera a professora e nutricionista Uyara Lima, da Wyden.

 

Uyara Lima ressalta ainda que os perigos associados ao ambiente obesogênico e aos hábitos alimentares pouco saudáveis incluem não apenas a obesidade, mas também doenças crônicas como diabetes e problemas cardíacos, entre outras complicações de saúde que podem reduzir a qualidade de vida. “Para cultivar uma cultura de alimentação saudável desde cedo, é essencial proporcionar educação nutricional nas escolas e garantir que estas ofereçam opções de alimentos nutritivos. Além disso, o envolvimento dos pais na promoção de hábitos alimentares saudáveis é fundamental”, ressalta a nutricionista.

O cardiologista Pablo Germano concorda, acrescentando ainda que, para enfrentar o excesso de peso de maneira eficaz, é fundamental direcionar o foco para hábitos saudáveis, em vez de se preocupar apenas em perder peso. “O foco é promover uma melhor qualidade de vida geral e contribuir para a manutenção de resultados a longo prazo”, reforça.

Suzana, agora, enfrenta o futuro com otimismo e determinação. “A jornada não foi fácil, mas valeu a pena cada esforço”, conclui ela. “Espero que minha história inspire outras pessoas a buscar uma vida mais saudável e feliz”, conclui.

Condição está relacionada a problemas de saúde e cardiovasculares

 

Nos próximos dez anos, um em cada quatro adultos em todo o mundo será obeso – total que equivale a quase dois bilhões de pessoas. No Brasil, estima-se que 41% dos brasileiros vão passar a conviver com a doença, nesse mesmo prazo. As estatísticas são do Atlas Mundial da Obesidade, elaborado pela Federação Mundial de Obesidade (WOF, na sigla em inglês), que classificou o Brasil como nível de alerta “muito alto”, no que diz respeito a essa condição de saúde.

 

“A obesidade é um problema de saúde pública com prevalência crescente no mundo e no Brasil”, explica o cardiologista Pablo Germano de Oliveira, do IDOMED. “Ela causa mudanças na estrutura e tamanho do coração, comprometendo seu funcionamento. Além disso, aumenta o risco de obstrução das artérias do coração, o que pode levar a complicações graves como infarto e acidente vascular cerebral”, alerta.

 

Mudar o estilo de vida é a solução mais eficaz para combater a obesidade. A jornalista Suzana Beckman, 38 anos, luta há muitos anos para superar essa condição, e chegou a pesar 107 kg quando decidiu realizar a cirurgia bariátrica. Na época, Suzana enfrentava uma série de desafios relacionados à saúde, incluindo pressão arterial elevada e um colesterol total que ultrapassava 400.

 

“Eu era obesa grau 3 e sedentária. Ficava cansada até para falar. Mas esta semana eu subi uma ladeira, que fica no Centro Histórico da cidade onde moro, correndo. Nem acreditei!”, comemorou.

 

PREVENÇÃO

Nem só de cirurgia bariátrica, porém, se faz o desafio de superar a obesidade. “A parte mais difícil é que comer direito requer tempo e planejamento, algo que falta na nossa rotina caótica”, admite ela. “Mas eu tento compensar com outras coisas. Hoje eu vou ao karatê cinco vezes por semana, sempre que posso uso escada em vez de elevador e como salada todo dia, por exemplo”, comenta.

Alimentação saudável e exercícios físicos são, de fato, as melhores estratégias para prevenir a obesidade. “A nível global devemos considerar a promoção a educação nutricional, regulação da publicidade de alimentos não saudáveis, garantia de acesso a alimentos saudáveis, apoio a amamentação, criação de ambientes seguros para a prática de atividade física, implementação de políticas fiscais e a integração de diversos setores para desenvolver e implementar estratégias eficazes de prevenção da obesidade”, enumera a professora e nutricionista Uyara Lima, da Wyden.

 

Uyara Lima ressalta ainda que os perigos associados ao ambiente obesogênico e aos hábitos alimentares pouco saudáveis incluem não apenas a obesidade, mas também doenças crônicas como diabetes e problemas cardíacos, entre outras complicações de saúde que podem reduzir a qualidade de vida. “Para cultivar uma cultura de alimentação saudável desde cedo, é essencial proporcionar educação nutricional nas escolas e garantir que estas ofereçam opções de alimentos nutritivos. Além disso, o envolvimento dos pais na promoção de hábitos alimentares saudáveis é fundamental”, ressalta a nutricionista.

O cardiologista Pablo Germano concorda, acrescentando ainda que, para enfrentar o excesso de peso de maneira eficaz, é fundamental direcionar o foco para hábitos saudáveis, em vez de se preocupar apenas em perder peso. “O foco é promover uma melhor qualidade de vida geral e contribuir para a manutenção de resultados a longo prazo”, reforça.

Suzana, agora, enfrenta o futuro com otimismo e determinação. “A jornada não foi fácil, mas valeu a pena cada esforço”, conclui ela. “Espero que minha história inspire outras pessoas a buscar uma vida mais saudável e feliz”, conclui.

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