Dicas da nutricionista: saiba quais são os alimentos que mais causam alergias

Um problema crescente em todo o mundo são as alergias alimentares, que afetam milhões de pessoas de todas as idades. Elas ocorrem quando o sistema imunológico reage de forma exagerada a proteínas específicas presentes em certos alimentos. Dessa forma, entender quais alimentos são mais propensos a causar alergias é o primeiro passo para proteger a saúde e manter o bem-estar.

 

Segundo a Dra. Waleska Nishida, as principais causas estão relacionadas à predisposição genética, fatores epigenéticos e ambientais, além do desequilíbrio microbiano intestinal.

 

Confira cada uma dessas especificações:

Predisposição Genética: é um dos fatores mais significativos para o desenvolvimento de alergias alimentares. Se um parente de primeiro grau (pai, mãe, irmão) tem alergia alimentar, a probabilidade de a criança também desenvolver uma alergia é maior. A história familiar de doenças alérgicas de modo geral, como asma, rinite alérgica e dermatite atópica, também pode aumentar o risco de alergias alimentares;
Fatores Epigenéticos: envolvem alterações na expressão dos genes sem mudar a sequência do DNA. Essas modificações podem ser influenciadas por fatores ambientais e de estilo de vida, como a exposição a toxinas, dieta materna durante a gravidez, estresse e infecções, são modificações que ocorrem desde a fecundação e continuam a acontecer durante a vida toda. Esses fatores podem ativar ou desativar genes relacionados às respostas imunológicas, contribuindo para o desenvolvimento de alergias;
Desequilíbrio Microbiano: A composição da microbiota intestinal desempenha um papel crucial na saúde imunológica. O uso excessivo de antibióticos, dietas pobres em fibras e a falta de exposição a microrganismos podem levar a um desequilíbrio microbiano (disbiose). Este desequilíbrio pode comprometer a barreira intestinal e influenciar negativamente a resposta imunológica, aumentando o risco de alergias alimentares;
Fatores Ambientais e Poluição: a exposição a poluentes ambientais, como fumaça de cigarro, produtos químicos e poluição do ar, pode afetar negativamente o sistema imunológico. Esses fatores ambientais podem aumentar a inflamação e a sensibilidade a alérgenos alimentares;
A docente aponta ainda os principais alimentos que mais causam reações alérgicas. Veja quais são:
Leite de Vaca: muito consumido na infância, a alergia ao leite de vaca pode causar sintomas que variam de erupções cutâneas a problemas digestivos e até reações anafiláticas. Entre eles: urticária, vômitos, diarreia, cólicas abdominais;
Ovos: tanto a clara quanto a gema podem causar reações como problemas respiratórios e até distúrbios gastrointestinais;
Amendoim: uma das alergias mais graves, as reações ao amendoim podem ser fatais e frequentemente começam na infância. Entre as reações estão a anafilaxia, urticária, inchaço e dificuldades respiratórias;

Nozes e Castanhas: inclui amêndoas, castanhas, nozes, pistaches e outras. As reações podem ser graves e incluem inchaço, dificuldade para respirar e anafilaxia;
Soja: comum em alimentos processados, a alergia à soja pode causar reações cutâneas, respiratórias e digestivas;
Trigo: além da doença celíaca, a alergia ao trigo pode causar sintomas semelhantes a outras alergias alimentares, entre as quais a urticária, problemas digestivos, anafilaxia;
Peixes: a alergia a peixes pode desenvolver-se em qualquer idade e causar sintomas graves como anafilaxia;
Frutos do Mar (Mariscos e Crustáceos): Inclui camarões, lagostas, caranguejos, mexilhões e outros. As reações podem variar de leves a graves e englobam a anafilaxia, urticária, inchaço, dificuldades respiratórias.
Por fim, Dra. Waleska alerta que, para aqueles que sofrem de alergias alimentares, é essencial redobrar cuidados.
“Uma dica é estar sempre atento às informações contidas nos rótulos dos alimentos para evitar alérgenos escondidos. Em casa, esses alimentos devem ser mantidos separados e todos os membros da família devem ser informados sobre as alergias. Outra dica é ter sempre à mão medicamentos prescritos, como anti-histamínicos e epinefrina, e saber como usá-los. E claro, tão importante quanto as outras dicas, procure orientação de alergologistas e nutricionistas para um manejo adequado da dieta e prevenção de reações”, finaliza.

 

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