
Imagens de câmeras de monitoramento, obtidas com exclusividade pelo Grupo ND, registram a abordagem da Polícia Civil de Santa Catarina ao vereador de Florianópolis, Gui Pereira (PSD).
Ele foi um dos alvos da terceira fase da Operação Presságio, que investiga desvios de recursos públicos a partir da Secretaria Municipal de Turismo, Esporte e Cultura da capital catarinense.

Imagens obtidas com exclusividade pelo Grupo ND mostram abordagem ao vereador de Florianópolis, Gui Pereira (PSD), em hotel da Capital – Foto: Reprodução/ ND
Gui Pereira é investigado pela Operação Presságio
No dia 28 de junho, foi desencadeada a terceira fase da Operação Presságio, com cumprimento de mandados na Câmara de Vereadores e também na Secretaria Municipal do Continente.
Na data, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao vereador e outros investigados. Segundo a investigação, ele seria um dos beneficiados pelo possível esquema que corrupção.
Guilherme Pereira (PSD) não foi localizado nos endereços residenciais, mas sim no Majestic Palace Hotel, na área central de Florianópolis. O veículo em que ele estava foi vistoriado e celulares foram apreendidos.
Na gravação, os policiais param um carro branco, que está entrando no estacionamento. Em seguida, pedem que o vereador, de roupa laranja, saia do carro. Ele passa por revista e aguarda, do lado de fora, pelas buscas no veículo.
Veja o momento em que vereador é localizado em Hotel de Florianópolis
Imagens mostram cumprimento de mandado de busca contra o vereador Gui Pereira (PSD) – Vídeo: Reprodução/ ND
Defesa de vereador quer anular ofensiva
A defesa do parlamentar quer anular a terceira fase da ofensiva, alegando que a 31ª Promotoria de Justiça da Comarca da Capital, responsável pelo mandado de busca e apreensão, não teria competência para emiti-lo. Conforme o pedido, a responsabilidade seria da 39ª Promotoria.
O pedido também destaca que o mandado de busca e apreensão foi emitido para endereços residenciais do vereador, não se tratando de busca pessoal. Desta forma, a apreensão realizada no endereço teria ocorrido de maneira ilegal.
O promotor de Justiça, Fabiano Henrique Garcia, rechaçou a solicitação, declarando que a especializada “atua na Defesa da Moralidade Administrativa, nas causas que envolvam o Município de Florianópolis e seus órgãos”.
Quanto ao mandado cumprido no estacionamento do hotel, O MPSC solicitou que a autoridade policial que realizou a diligência — neste caso, a Polícia Civil — se manifeste sobre as acusações de ilegalidade. A PCSC tem dez dias para apresentar uma justificativa.
Envolvimento em possível esquema de corrupção
O vereador comandou a Secretaria do Continente por quase três anos e logo após a deflagração da primeira fase da Operação Presságio, pediu exoneração para voltar à Câmara de Vereadores.
A sucessão na pasta ficou com Kelly Matos Figueiredo, citada no processo como uma “testa de ferro” de Pereira, em clara demonstração do seu protagonismo à frente do suposto esquema.
As investigações da Operação Presságio indicam que ele era o “dono” de vários projetos sociais mantidos por associações que recebiam recursos da Secretaria Municipal de Turismo, Cultura e Esporte de Florianópolis.