Marta pode ter encerrado sua carreira na Seleção Brasileira com a medalha de prata nas Olimpíadas diante dos Estados Unidos. A jogadora é uma das figuras mais icônicas do futebol, não apenas no Brasil, mas em todo o mundo.

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Nascida em Dois Riachos, Alagoas, ela superou inúmeras adversidades para se tornar a maior jogadora de futebol feminino da história e inspiração para uma geração de meninas.

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Sua importância para o futebol é imensurável, tanto pelos feitos dentro de campo quanto pela representatividade fora dele. O Mais Que Um Jogo faz um resumo da carreira da eterna camisa 10 da Seleção Brasileira.

Carreira de Marta

Seleção Brasileira jogou a primeira Olimpíada em 2004- Foto: Lucas Figueiredo/CBF/ND

Marta começou a jogar futebol em sua infância, desafiando estereótipos de gênero em uma época em que o futebol feminino recebia pouca atenção no Brasil. Aos 14 anos, deixou sua cidade natal para tentar a sorte no Rio de Janeiro, onde sua habilidade logo foi notada pelo Vasco da Gama. Ela rapidamente ascendeu na carreira, jogando em clubes no Brasil e depois se destacando internacionalmente.

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Sua carreira decolou de vez quando se transferiu para a Suécia, onde jogou pelo Umeå IK, e mais tarde nos Estados Unidos, defendendo clubes como o Los Angeles Sol, FC Gold Pride, e o Orlando Pride. Sua habilidade técnica, velocidade, visão de jogo e capacidade de decidir partidas em momentos cruciais a tornaram uma estrela global.

Feitos e Prêmios

Marta recebe uma placa das mãos do presidente da CBF – Foto: Lucas Figueiredo/CBF/Divulgação/ND

Marta acumulou uma coleção impressionante de prêmios ao longo de sua carreira:

• Seis vezes Melhor Jogadora do Mundo (2006, 2007, 2008, 2009, 2010, 2018) pela FIFA, um recorde entre homens e mulheres.
• Maior artilheira da história das Copas do Mundo Femininas, com 17 gols, superando até mesmo os maiores goleadores masculinos.
• Três medalhas de prata olímpicas (Atenas 2004, Pequim 2008 e Paris 2024).
• Melhor jogadora da Copa do Mundo Feminina de 2007, onde também foi artilheira do torneio.

Marta também ajudou a popularizar o futebol feminino no Brasil e ao redor do mundo, elevando o esporte a novos patamares. Além de seus inúmeros prêmios individuais, ela também conquistou diversos títulos ao longo de sua carreira, tanto por clubes quanto pela seleção brasileira.

Pela Seleção Brasileira:

• Copa América Feminina: 2003, 2010, 2018
• Jogos Pan-Americanos: 2003 (Santo Domingo) e 2007 (Rio de Janeiro)
• Torneio Internacional de Futebol Feminino: 2009, 2011, 2012, 2013, 2014, 2015, 2016

Por Clubes:

• Campeonato Sueco: 2005, 2006, 2007, 2008 (Umeå IK)
• Copa da Suécia: 2007 (Umeå IK)
• Supercopa da Suécia: 2007 (Umeå IK)
• Copa do Brasil: 2003 (Santa Cruz)
• Liga dos Campeões da UEFA: Vice-campeã em 2007 e 2008 (Umeå IK)
• Campeonato Americano: 2010 (FC Gold Pride), 2011 (Western New York Flash)

Outros Títulos Internacionais:

• Copa Libertadores Feminina: 2009 (Santos)
• Copa do Brasil Feminina: 2009 (Santos)

Representatividade Fora dos Gramados

Marta e sua estátua, no Museu do Futebol, na sede da CBF – Foto: Lucas Figueiredo/CBF/Divulgação/ND

Fora dos campos, Marta é um símbolo de resistência e empoderamento. Ela utiliza sua plataforma para lutar pela igualdade de gênero no esporte, frequentemente destacando a disparidade de tratamento entre o futebol masculino e feminino.

Em 2019, durante a Copa do Mundo na França, Marta fez um discurso emocionado após uma partida, incentivando as meninas a acreditarem em seus sonhos e continuarem lutando, mesmo diante das dificuldades.

Marta também se tornou Embaixadora da Boa Vontade da ONU Mulheres, usando sua influência para promover os direitos das mulheres e meninas em todo o mundo. Seu compromisso com causas sociais, aliado ao seu talento incomparável, faz dela uma figura de grande importância tanto dentro quanto fora dos gramados.

Camisa 10 é referência para as novas gerções – Foto: Christophe ARCHAMBAULT/AFP/ND

Legado

O legado de Marta transcende o futebol. Ela não apenas quebrou recordes, mas também derrubou barreiras e abriu portas para futuras gerações de mulheres no esporte.

Sua história é um testemunho de determinação, paixão e a busca incessante pela excelência, fazendo dela uma verdadeira lenda e um orgulho para o Brasil.