Dia Mundial do Elefante: conheça mais sobre o maior mamífero terrestre do mundo

Visando conscientizar sobre a conservação de todas as espécies de elefantes e obter apoio para a proteção das manadas, o dia 12 gosto foi escolhido com o Dia Mundial do Elefante. E para celebrar a data, conheça um pouco mais sobre o maior mamífero terrestre do mundo.

Elefanta e seu filhote vagam pela natureza

Conheça um pouco mais sobre esses mamíferos – Foto: Pensamento Verde/Reprodução/ND

Segundo a organização Santuário dos Elefantes, existem três espécies diferentes de elefantes registrados. Cada uma com suas peculiaridades e diferenças entre si.

Africano da Savana

O elefante africano pode crescer até 9 metros da tromba até o rabo, pesar mais de 6 toneladas e ter 4 metros de altura no ombro.

Ele está atualmente classificado como ameaçado de extinção pela Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN (União Internacional Para Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais).

Elefante Africano da Savana na natureza

O elefante Africano da Savana é a maior das duas espécies existentes e o maior animal terrestre vivo – Foto: Internet/Reprodução/ND

Africano da Floresta

Menor do que o elefante Africano da Savana, o elefante da Floresta pesa cerca de 2,7 toneladas e tem até 2,5 metros de altura. O animal também consta como ameaçado.

Elefante Africano da Floresta na natureza

Ele é encontrado nas florestas da Bacia do Congo e é o menor das três espécies existentes de elefantes – Foto: Internet/Reprodução/ND

Asiático

Um elefante asiático pode pesar cerca de 2 a 5 toneladas e ter de 2 a 3 metros de altura. Ele também está classificado como espécie em extinção.

Elefante Asiático na natureza

Os asiáticos são os maiores animais terrestres vivos da Ásia – Foto: Internet/Reprodução/ND

Onde vivem?

Os elefantes africanos (as duas espécies), vivem no continente africano no sul do Saara.

Já os asiáticos vivem na Índia e no sudeste asiático, incluindo Sumatra e Borneo. Antigamente eles ocupavam a região sul dos Himalaias, através do sudoeste da Ásia, até à China, no norte do Rio Yangtze.

Esses animais vagam por grandes distâncias para encontrar comida e água suficientes. Os elefantes do deserto de Mali, na África, migram cerca de 480 km por ano, até 60 km por dia, procurando água.

Comportamento social

Segundo a organização, os elefantes passam a vida com grandes grupos chamados de manadas. Os animais deixam suas manadas com cerca de 13 anos e vivem uma vida solitária, algumas vezes se unindo a “manadas de solteiros” de outros elefantes, livres para sair quando procuram parceiras.

Uma manada pode ser formada de 8 a 100 animais, dependendo do terreno, clima e tamanho da família. Manadas de elefantas são lideradas por uma matriarca, a fêmea mais velha e sábia do grupo.

Uma elefanta terá dois filhotes durante toda sua vida (gêmeos são raros), a mãe e todas as outras fêmeas da manada, inclusive tias, avós e irmãs, ajudam a criar o bebê.

Uma elefanta no seu habitat natural raramente terá mais de quatro filhotes. Elefantas podem começar a procriar com 14 anos e ficam grávidas por 22 meses, a gravidez mais longa entre os mamíferos.

Dois elefantes na natureza

Uma manada pode ser formada de 8 a 100 indivíduos, dependendo do terreno, clima, e tamanho da família – Foto: National Geographic/Reprodução/ND

Inteligência e emoções

Elefantes possuem o maior cérebro de todos os animais terrestres, altamente desenvolvido. O cérebro é 3 a 4 vezes maior do que o dos humanos, apesar de ser menor proporcionalmente a seu peso corporal.

Eles são animais extremamente inteligentes e sua memória é retida por muitos anos. É essa memória que ajuda as matriarcas durante as estações secas, quando precisam guiar suas manadas por dezenas de quilômetros, para locais com água que se lembram do passado.

Os elefantes são animais altamente sensíveis e carinhosos. Se um filhote se queixa de alguma coisa, a família inteira para perto para tocá-lo e acariciá-lo. Esses animais demonstram tristeza, alegria, compaixão e altruísmo.

Eles homenageiam seus mortos, tocando gentilmente os ossos dos crânios e suas presas com suas trombas e patas. Quando um elefante passa por um local onde um companheiro morreu, ele para e faz uma pausa que pode durar vários minutos.

Eles também são uma das poucas espécies que se reconhecem em um espelho. Os outros são humanos, símios, orcas, golfinhos.

Elefante caminhando pela natureza

Esses animais têm o maior cérebro de todos os animais terrestres – Foto: National Geographic/Reprodução/ND

Ameaçados de extinção

Os elefantes não têm predadores naturais, porém, o principal risco para eles vem dos humanos, devido à caça e destruição do habitat.

No início do século XX, havia alguns milhões de elefantes africanos e cerca de 100 mil asiáticos. Dados atuais sugerem que existem aproximadamente 450.000-650.000 elefantes africanos e entre 25.600-32.750 asiáticos selvagens.

Caça ilegal de elefantes

A caça ilegal de elefantes asiáticos para obter marfim e carne continua sendo um problema sério em muitos países, especialmente na Índia do sul, onde 90% dos machos possuem presas e no noroeste da Índia, onde algumas pessoas comem a carne dos animais.

O marfim é extraído das presas brancas que os machos possuem e chegam a pesar 60 quilos, cada uma.

A partir de 1995-1996, a caça ilegal de elefantes asiáticos aumentou grandemente. O comércio ilegal desses animais vivos, marfim e carne através da fronteira entre Tailândia e Myanmar também se tornou um problema de conservação.

Apesar da caça ilegal ser um problema para os elefantes asiáticos, a maioria do marfim ilegal parece vir dos africanos. Os africanos também sofrem com a invasão de suas terras e com os conflitos com os humanos, mas a principal causa do declínio da população é a caça ilegal por marfim.

Recentemente, uma crescente demanda por marfim, principalmente da Ásia (China é o maior mercado de marfim), levou a um aumento na caça ilegal. O elefante africano foi classificado como ameaçado dentro do Ato de Espécies Ameaçadas, mas não foi classificado como ameaçado de extinção.

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