O sopro prateado do ciclone: Temporal favorece pescadores durante a captura de tainhas em Florianópolis

O sucesso da pesca resultou em uma verdadeira operação para retirar as redes do mar com as queridinhas

O sopro prateado do ciclone: Temporal favorece pescadores durante a captura de tainhas em Florianópolis

Divulgação / Leo Munhoz

Os efeitos do ciclone extratropical que atinge Santa Catarina nesta quinta-feira (13) vão além dos já conhecidos estragos e transtornos. Em Florianópolis, a intensidade dos ventos e as baixas temperaturas têm um lado positivo: estão favorecendo a safra de tainhas, peixe tradicionalmente pescado na região durante o inverno.

O fenômeno climático, que trouxe fortes ventos para todas as regiões da cidade, é causado por uma frente fria associada ao ciclone, segundo informações da Defesa Civil estadual. Além da ventania, que aumenta a sensação de frio, as temperaturas amenas são destaque na capital catarinense.

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) explica que, entre o fim do outono e o período do inverno, ocorre a migração reprodutiva das tainhas. Os cardumes aproveitam as correntes marítimas trazidas pelas frentes frias para migrar dos estuários do sul do Brasil, Uruguai e Argentina, com o objetivo de desovar em águas marinhas costeiras mais quentes.

A pesca da tainha é uma atividade tradicional no litoral de Santa Catarina, sendo autorizada até o dia 31 de julho em Florianópolis. Com a chegada do frio, a expectativa é de que os pescadores locais tenham um período de safra bastante produtivo.

Assim, mesmo diante dos transtornos provocados pelo ciclone, Florianópolis encontra motivos para celebrar, com a pesca da tainha trazendo esperança e prosperidade para os pescadores da região.

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