Opositor de Maduro deixa Venezuela e pede asilo político

Edmundo González viajou para a Espanha. Imagem: Redes Sociais.

Edmundo González estava refugiado na embaixada espanhola em Caracas desde o pedido de prisão

Opositor do ditador venezuelano, Edmundo González Urrutia, solicitou asilo à Espanha e deixou a Venezuela na noite de sábado (07). Urrutia enfrentou o presidente Nicolás Maduro no processo eleitoral que está sendo contestado pela oposição e por diversos países no mês de julho. O perseguido político estava refugiado na embaixada espanhola em Caracas desde que Ministério Público da Venezuela pediu a prisão por “incitação à desobediência” e “conspiração”.

A Justiça venezuelana investiga González pela publicação de atas eleitorais, obtidas em locais de votação, em uma página na internet. Segundo os documentos extraoficiais, o candidato teria obtido 60% dos votos.

A oposição denuncia que houve fraude na eleição e as forças do regime chavista estão reprimido com violência as manifestações contra a autoproclamada vitória de Maduro para o terceiro mandato. Até o momento 27 manifestantes foram assassinados, 192 feridos e 2.400 presos, entre eles menores de idade.

O Conselho Nacional Eleitoral não apresentou provas da vitória de Maduro e tem sido pressionado pela oposição e pela comunidade internacional divulgar os registros de votação. O resultado é contestado também pelos Estados Unidos, União Europeia e vários países da América Latina.

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Embaixada da Argentina na Venezuela. Imagem: Itamaraty.

Embaixada argentina sob custódia do Brasil

A oposição também denuncia que a embaixada da Argentina em Caracas está sob cerco do regime de Maduro. A missão diplomática sob comando do governo de Javier Milei foi expulsa do país, e coube ao Brasil a custódia do lugar, onde permanecem refugiados seis colaboradores da oposição, desde março.

O abastecimento de energia foi cortado e o local passou a ser abastecido por um gerador. Seis opositores de Maduro, ameaçados de prisão estão abrigados no local.

Caracas anunciou a revogação da autorização dada ao Brasil para representar a Argentina, o que foi contestado pelo governo brasileiro. O Ministério das Relações Exteriores informou que o país continuará representando os interesses da Argentina na Venezuela, uma vez que “não pode haver revogação unilateral da custódia”. O Itamaraty afirmou que “seguirá representando os interesses da Argentina na Venezuela até que seja designado um substituto”.

Quem são os opositores de Maduro abrigados na embaixada

Magalli Meda

Chefe de campanha de María Corina Machado e gerente de planejamento estratégico do partido Vente Venezuela.

Claudia Macero

Jornalista responsável pela comunicação da campanha de María Corina Machado e coordenadora de comunicação do Vente Venezuela.

Pedro Urruchurtu

Coordenador de relações internacionais do partido, cientista político, professor e vice-presidente da Rede Liberal da América Latina.

Omar González

Ex-deputado, jornalista, escritor e membro da direção nacional do Vente Venezuela.

Humberto Villalobos

Coordenador eleitoral do comando de campanha do Vendo Venezuela. Ele também é diretor da ONG especializada em fiscalização eleitoral ESDATA.

Fernando Matínez Mottola

Engenheiro elétrico, especialista em telecomunicações e assessor de María Corina Machado. Ele foi ministro dos Transportes e Comunicações durante a Comunicações durante a presidência de Carlos Andrés Pérez.

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