Boto-cor-de-rosa: veja curiosidades da espécie ameaçada de extinção e típica da Amazônia

Um dos animais-símbolos da Amazônia e do Brasil, o boto-cor-de-rosa é conhecido por lendas urbanas, mas é dificilmente visto por conta do alto risco de extinção. A espécie está na Lista Vermelha da IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais).

Mas apesar de parecer um golfinho e viver em água doce, ele tem algumas peculiaridades que pertencem somente ao boto-cor-de-rosa.

Curiosidades do boto-cor-de-rosa

Segundo o IUCN, ele é um animal que só pode ser encontrado na região amazônica. Então, ele pode ser encontrado em outros países da América do Sul, como Bolívia, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela.

Ainda assim, não se sabe exatamente o tamanho da área que um boto percorre durante sua vida, mas estudos identificam que eles podem permanecer por anos em áreas de menos de 100km², bem como se deslocar mais de 50 km em um único dia.

Outro fato curioso é que esses animais tendem a ficar no habitat inicial, por isso, as mudanças em seu ambiente podem ser muito prejudiciais.

Os animais também têm preferências de habitat conforme o sexo. As fêmeas e seus filhotes ficam nos complexos de lagos e pequenos tributários, enquanto os machos preferem os rios principais.

O boto-cor-de-rosa pode ser conhecido muito vários nomes. Entre eles estão boto-vermelho e boto-da-Amazônia, mas ambos se referem aos animais endêmicos desta região.

Boto-cor-de-rosa é o maior golfinho de água doce

O animal, mamífero, pode chegar até 2,5 metros de comprimento e 200 kg e são considerados a maior espécie de golfinho de água doce do mundo, segundo o AMPA (Associação dos Amigos do Peixe-boi). Eles podem viver até os 45 anos.

A lenda do boto-cor-de-rosa

Além de ser um animal fantástico e um símbolo da região onde habita, o boto-cor-de-rosa faz parte do folclore brasileira, com uma das lendas mais famosas do país.

A lenda diz que durante a noite, um boto se transforma em um homem bonito e sai das águas para conquistar mulheres.

Segundo detalha um documento sobre a lenda do boto publicado pelo Ministério da Pesca e Aquicultura do Brasil, “os botos vão aos bailes e dançam alegremente com as mulheres, que logo se envolvem em meio a seus galanteios. Apaixonam-se e engravidam deste rapaz”.

O mito popular termina dizendo que o “tal jovem galanteador” desaparece ao amanhecer, pois voltaria para as águas e para a sua forma de boto.