Entre estreias, reencontros e novos nomes da música brasileira, festival se despede com gostinho de “quero mais” para a próxima edição
Público lota Kartódromo Sapiens Park para o ARVO Festival 2025. Foto: @toiaoliveirafotografia.
Do início ao fim, o ARVO Festival 2025 foi sobre sentir. Sentir a música, a energia de uma multidão dançando sob o céu aberto, o frescor das escolhas sustentáveis e a força da arte em suas múltiplas formas. O segundo dia de festival, realizado neste sábado (3), fechou a edição com intensidade e emoção, exatamente como o público esperava e merecia.
O palco principal virou altar de reverência à cultura brasileira. De volta aos palcos após uma pausa de cinco meses, Zeca Pagodinho emocionou com sua presença cativante e um repertório que fez o público cantar junto do primeiro ao último verso. Declarou que estava muito feliz e que queria tomar mais uma com seus amigos, quando foi repreendido pela produção: “Traz mais uma para eu brindar com os meus amigos. Eu tô feliz, pô!”. Mano Brown transformou o espaço em arena de reflexão e resistência com a multidão acompanhando em coro suas letras de protesto, enquanto Sandra Sá e sua potência vocal colocaram todo mundo para dançar com alma e atitude.
Tião Carvalho foi um dos destaques da noite, com uma apresentação marcada por beleza, ancestralidade e carisma, que conquistou o público do início ao fim. As descobertas também brilharam: Joyce Alane, Yago Oproprio, Juliana D Passos – um dos grandes nomes do samba de terreiro de Florianópolis, já reconhecida nacionalmente -, e outros talentos da nova cena mostraram personalidade e potência. Enquanto isso, o Beco do Samba pulsava como coração do festival, reunindo tradição, batuque e emoção, e a Discoteca ARVO manteve a pista em movimento até a última hora.
“O ARVO é construído a muitas mãos, com curadoria, propósito e afeto. A cada edição, buscamos fortalecer o vínculo entre o público e a cultura brasileira. Ver esse retorno tão forte da plateia, com tanta entrega, só mostra que estamos no caminho certo”, afirma André Costa Nero, produtor do festival.
Foram dois dias intensos, atravessados por experiências que iam muito além da música. O cuidado com cada detalhe, a presença de marcas que compartilham do propósito do evento — como Sol, TIM, Coca-Cola e Natura — e o compromisso com a sustentabilidade fizeram do ARVO 2025 uma edição memorável em todos os sentidos.
Agora, o que fica é a saudade e a certeza de que o ARVO não é apenas um festival, mas um movimento que cresce a cada ano. Em 2026, o evento chegará a sua décima edição e promete celebrar esse marco com uma proposta cada vez mais potente, conectada e representativa. Encontros, descobertas, pluralidade e construção coletiva de uma nova forma de viver a cultura brasileira seguirão como pilares dessa experiência única.
A organização já começou a desenhar o próximo capítulo dessa história, e o público pode esperar novidades, surpresas e experiências ainda mais profundas. Porque quem vive o ARVO uma vez, carrega a vibração do festival para sempre; e sabe que o melhor ainda está por vir.
O post Do primeiro acorde ao último aplauso: ARVO 2025 encerra uma de suas edições mais emocionantes apareceu primeiro em Deolhonailha.