Homem tem coração ‘invadido’ por comida e esôfago perfurado após pedido errado em restaurante

Michael Berkheimer, de 65 anos, teve o esôfago perfurado ao comer uma porção de frango desossado em um restaurante que costumava frequentar, em Ohio, nos Estados Unidos.

Paciente precisou ser induzido ao coma duas vezes após ter esôfago perfurado – Foto: Reprodução/WXIX/ND

Apesar de sentir que havia engasgado no restaurante, Michael só percebeu a gravidade do problema dias depois, quando começou a sentir febre.

Ele foi levado às pressas para o hospital, onde os médicos descobriram que um pedaço de osso que media entre 3 e 5 cm havia perfurado seu esôfago.

Ou seja, tudo o que ele comia depois disso foi para sua cavidade torácica, no peito, resultando em um acúmulo de bactérias e infecção grave.

A condição gerou um ataque cardíaco e colapso pulmonar, fazendo com que Michel fosse colocado em coma induzido duas vezes.

Ele permaneceu no hospital por dois meses, mas continua lutando contra danos cardíacos e pulmonares, além de traumas psicológicos.

“Tirou a alegria da minha família. Graças a Deus pelo Senhor e minha esposa, senão eu não estaria aqui”, disse o paciente, ao The Sun.

Restaurante foi processado, mas ganhou a ação – Foto: Reprodução/WXIX/ND

Frango desossado que provocou esôfago perfurado

O paciente tentou processar o restaurante, seus fornecedores e a fazenda onde o frango foi processado por negligência.

O argumento de Michael foi que o restaurante não o avisou de que o frango desossado poderia, na verdade, conter ossos.

Contudo, a Justiça rejeitou o primeiro processo. O tribunal decidiu, por 4 votos a 3, que o termo “asas desossadas” se refere apenas ao “estilo de cozimento” e não deve ser interpretado literalmente.

A defesa de Michel apelou e o caso acabou chegando à Suprema Corte de Ohio.

Asa de frango desossada provocou esôfago perfurado – Foto: Reprodução/ND

O senador estadual de Ohio, Bill DeMora, saiu em defesa de Michel e afirmou que planeja apresentar uma legislação para garantir que qualquer pessoa em situação semelhante possa levar seu caso a um júri – como o paciente gostaria.

“Foi ultrajante. Faltou todo o bom senso. Não sei como qualquer pessoa com bom senso, conhecimento comum ou qualquer tipo de lógica pode determinar que algo que diz ‘sem osso’ pode ter um osso”, disse o democrata sobre a decisão.