Cachorros estressados: conheça as raças e como o ambiente pode impactar bem-estar

O estresse não é um problema exclusivo dos humanos, os cães também podem sofrer com ele, especialmente, quando as necessidades físicas e mentais não são atendidas adequadamente.

O veterinário Adil Salomão Martins explica que alguns cachorros estressados podem ser naturalmente propensos ao problema.

Golden Retriever aparece entre a lista de cachorros estressados

Médico veterinário explica quais as raças mais estressadas e as complicações que esse problema traz – Foto: Freepik/Reprodução/ND

Mas afinal, quais os cachorros estressados?

“Se pensarmos em estresse, situações que realmente prejudicam o animal e o comportamento natural dele, as raças mais afetadas são as que têm uma necessidade maior de atividade física e mental”, afirma o veterinário.

“Border Collie, Golden Retriever e Labrador, por exemplo, são raças extremamente ativas que precisam de muito espaço e estímulo. Esses cães não se adaptam bem a ambientes confinados, como apartamentos, e quando não conseguem gastar sua energia acumulada, acabam sofrendo com o estresse”, explica.

De acordo com o veterinário, o ambiente em que os cachorros estressados vivem desempenha um papel crucial no bem-estar. “O ambiente que proporciona pouca atividade ao animal, como um apartamento onde ele fica o dia inteiro sozinho e trancado, pode realmente influenciar e causar bastante estresse”, explica.

Quais os sinais de estresse?

Entre os sinais de estresse que os tutores devem observar, aparecem comportamentos destrutivos, como roer móveis, latir excessivamente, automutilação (lamber-se excessivamente até causar lesões), além de agressividade e mudanças no apetite ou padrões de sono. “Estes são sinais claros das raças mais estressadas estão lidando com altos níveis de estresse”, destaca o veterinário.

Cachorros estressados podem causar destruição em casa, como mostra a imagem do sofá roído

Médico veterinário explica que tutores devem ficar atentos a alguns pontos em relação as raças mais estressadas – Foto: Freepik/Reprodução/ND

Além dos impactos comportamentais, o estresse crônico pode ter sérias consequências para a saúde física dos cães. “O estresse prolongado pode levar a uma falha do sistema imunológico, tornando o cão mais suscetível a doenças. Problemas como diarreia, queda de pelo e até alterações reprodutivas podem ser consequências diretas de um ambiente estressante”.

Para minimizar o estresse, o veterinário recomenda aumentar o nível de atividade física e mental do cão. “Levar o animal para uma creche, caso more em um apartamento, ou proporcionar mais exercícios e desafios mentais, como brinquedos interativos, pode ser uma forma eficaz de aliviar o estresse”.

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