Homem é condenado a 25 anos de prisão por asfixiar e matar namorada na Grande Florianópolis

O soldador Djones Ferreira de Santana, que matou por asfixia a namorada, Jacirlene dos Reis Santos da Cruz, foi condenado a 25 anos e oito meses de prisão, em regime fechado. Ele foi a júri popular e teve sua sentença proferida no dia 5 de agosto, pelo juiz Lucas Antônio Mafra Fornerolli.

Djones de Santana foi condenado a 25 anos e oito meses de prisão pelo feminicídio de Jacirlene da Cruz – Foto: Reprodução/ND

Auxiliar de produção, Jacirlene tinha 26 anos, estava grávida e foi assassinada, em 7 de abril de 2023, num feriado de Sexta-Feira Santa, em Palhoça, na Grande Florianópolis, pelo então namorado Djones.

Hoje com 31 anos, Djones morava com Jacirlene no bairro Aririú. Ele chegou a fugir após o crime, mas foi encontrado e está detido desde o ano passado em Salvador (BA).

Jacirlene era de Lauro de Freitas (BA), região metropolitana de Salvador. Veio para Palhoça por volta dos 18 anos. Ela se relacionava com Djones desde dezembro de 2022 e eles moravam juntos.

Condenado pelo assassinato da namorada, Djones foi absolvido do crime de aborto.

O crime

Jacirlene foi encontrada pela irmã, Jarlene, que mora no pavimento acima do local do crime. O combinado delas, para a noite daquele feriado, era ir ao salão de beleza cortar o cabelo dos filhos – Jacirlene era mãe de uma criança de seis anos, hoje com sete.

Jacirlene foi morta por asfixia na Grande Florianópolis

Assassinada pelo namorado, Jacirlene era de Lauro de Freitas (BA), região metropolitana de Salvador – Foto: Reprodução/ND

Jarlene estranhou a demora da irmã para responder as mensagens. Jacirlene também não atendeu às três ligações. Jarlene desceu as escadas por volta das 9h15 e foi até a casa da irmã.

O criminoso disse que a namorada estava dormindo e para Jarlene levar as crianças ao cabeleireiro sozinha. Desconfiada, forçou a entrada e encontrou a irmã no quarto, cheia de ferimentos no rosto. Tentou acordar Jacirlene, mas ela estava gelada e não respirava.

“É muito difícil isso tudo que minha família está passando. Sei que nada vai trazer ela de volta, mas, pelo menos, ela vai poder descansar em paz”, disse Jarlene dos Reis, irmã da vítima.

Aborto teria motivado briga que terminou em morte por asfixia

Em seu depoimento ao júri, Djones confessou o crime por asfixia, embora, na versão dele, não houve intenção de matar. Contou que ele e a namorada discutiram e que Jacirlene ‘jogava na cara dele’ que tinha cometido aborto. O casal teria discutido após uma festa.

“Chegamos bêbados, ela jogou na minha cara que tinha abortado a criança, nisso, a força do meu ódio aumentou, porque ela falou que tinha tirado um filho meu”, descreveu Djones.

Em explicação ao juiz, Djones confessou ter matado Jacirlene, mas negou intenção de matar – Foto: Reprodução/ND

Segundo Djones, Jacirlene botou a mão do pescoço dele, e ele no dela, para que ela soltasse: “mordi a mão dela, para tirar a mão do meu pescoço, só que, como sou homem, mais forte que ela, a força de apertar, fez ela apagar. Ela caiu ao chão, coloquei ela em cima da cama”, narrou Djones.

Questionado se viu que a namorada estava morta, disse que não, porque ficou com medo, ao ver sangue no chão após a queda de Jacirlene.

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