Alvo na Operação Presságio, candidato a vereador em Florianópolis declara R$ 1 milhão em bens

Candidato a vereador pela 5ª vez, perseguindo o quarto mandato de vereador, Gui Pereira (PSD) chegou ao primeiro milhão de patrimônio. Alvo da 3ª fase da operação Presságio, o vereador declarou ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral) um patrimônio de R$ 1.092.420,00. É a primeira vez que ele chega a esse montante.

Vereador Gui Pereira (PSD) era secretário municipal e é alvo da Operação Presságio – Foto: Redes Sociais/ Reprodução/ ND

O valor representa um aumento de 47% em relação à última declaração, em 2020, quando declarou R$ 739.720,00. Gui Pereira também foi candidato a deputado federal em 2018. Neste ano, declarou um patrimônio de R$ 740.430.

Ou seja, o patrimônio declarado praticamente se manteve o mesmo em dois anos, entre a candidatura como deputado e a de vereador.

Entre os bens declarados pelo candidato em 2024 estão uma casa no bairro Abraão, de R$ 120 mil, e um Corolla, de R$ 141 mil:

Bens declarados por Gui Pereira em 2024 – Foto: Reprodução/ND

Evolução patrimonial do candidato por eleição:

  • 2008: sem bens a declarar
  • 2012: R$ 286.899,00
  • 2016: R$ 709.720,00
  • 2018: R$ 740.730,00
  • 2020: R$ 739.720,00
  • 2024:  R$ 1.092.420,00.

Ao longo da vida política, Gui Pereira esteve em cinco siglas partidárias: DEM (2008), PSD (2012), PR (2016), MDB (2018), PSC (2020), PSD (2024).

Gui Pereira na Operação Presságio

Gui Pereira comandou a Secretaria do Continente de Florianópolis por quase três anos e dias após a deflagração da primeira fase da Operação Presságio, pediu exoneração para voltar à Câmara de Vereadores.

A sucessão na pasta ficou com Kelly Matos Figueiredo, citada no processo como uma “testa de ferro” de Gui Pereira, em clara demonstração do seu protagonismo à frente do suposto esquema.

Segundo Diogo de Souza, colunista do Grupo ND, “desde o primeiro momento da operação, o nome de Gui Pereira esteve indiretamente ligado já que parte dos denunciados ao longo das investigações passaram, em algum momento, por seu gabinete na Câmara de Vereadores”.

Na ocasião, o escritório que defende Guilherme Pereira e Kelly Figueiredo, afirma o “compromisso com a transparência e integridade” ao não possuírem “qualquer envolvimento em atividades ilícitas”.

A 3ª fase da Operação Presságio chegou para revelar a participação de mais atores (públicos) no esquema, mas também para deixar claro que o novelo da investigação tem mais fio para ser puxado e pode expor ainda mais envolvidos do alto escalão público.

Terceira fase da Operação Presságio

Em 28 de junho, a Polícia Civil cumpriu 26 mandados de busca e apreensão, além de seis pedidos de afastamento de cargos públicos, na terceira fase da Operação Presságio.

As buscas foram cumpridas nas cidades de Florianópolis e São José, em endereços residenciais ligados aos investigados e também em endereços públicos, como a Câmara de Vereadores e a Secretaria do Continente.

As investigações da Presságio  iniciaram para apurar o cometimento de crimes ambientais de poluição e instalação de atividade sem a devida licença, no terreno adjacente à Passarela Nego Quirido, durante greve da Comcap. Crimes contra a administração pública também são apurados.

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