SC tem 10 casos confirmados de Mpox, doença declarada como emergência sanitária global pela OMS

Com o aumento na disseminação da mpox no continente africano, a OMS (Organização Mundial da Saúde) declarou emergência em saúde pública internacional na quarta-feira (14). Em Santa Catarina, a doença conhecida como varíola dos macacos tem 10 casos confirmados em 2024.

Braço de pessoa com pele branca com lesões causadas por Mpox

Mpox provoca lesões na pele de pacientes infectados – Foto: Getty Images/Reprodução/ND

Disseminação da mpox preocupa OMS

Segundo dados da Dive-SC (Diretoria de Vigilância Epidemiológica), neste ano, até o momento, Santa Catarina teve 10 casos confirmados de mpox, sendo cinco deles na Capital Florianópolis.

Cidades com casos confirmados em 2024

  • Florianópolis – 5 casos
  • Itajaí – 4
  • Balneário Piçarras – 1

Em 2023, segundo a Dive-SC, o Estado apresentou 50 casos confirmados pela doença. Nesta quinta-feira (15) o MS (Ministério da Saúde) instalou um COE (Centro de Operações de Emergência em Saúde para coordenar as ações de resposta à mpox no país.

Bolhas avermelhadas na pele de pessoa branca

OMS declarou emergência em saúde pública internacional por conta da doença – Foto: Werciley Jr/Divulgação/ND

Conforme o Ministério da Saúde, desde 2023 o Brasil apresenta um cenário estável no número de infecções em todo o território.

A OMS divulgou que a doença tem provocado surtos na República Democrática do Congo há mais de uma década, com alta nos últimos anos – em 2024, os casos registrados já passam do total contabilizado em 2023, com mais de 14 mil notificações e 524 mortes.

O que é a mpox?

A mpox, conhecida como varíola dos macacos, é uma doença viral zoonótica, o que significa que pode ser transmitida de animais para humanos. A doença é causada pelo vírus monkeypox, que pertence ao gênero Orthopoxvirus.

A doença foi identificada pela primeira vez em 1958, quando dois surtos de uma condição semelhante à varíola afetaram colônias de macacos mantidos para pesquisa, o que deu origem ao nome ‘varíola dos macacos’.

Já o primeiro caso humano da doença foi registrado em 1970 na República Democrática do Congo. Desde então, a maioria dos casos tem sido relatada em áreas rurais da África Central e Ocidental, onde o vírus é endêmico.

Profissional da saúde usando luva azul royal enquanto analisa pele de pessoa com lesões cutâneas avermelhadas

Pessoas infectadas pelo vírus podem transmitir a doença através das lesões causadas na pele – Foto: Freepik/Divulgação/ND

Sintomas

A doença apresenta um conjunto característico de sintomas que podem variar de gravidade. Os sintomas mais comuns são:

  • Febre;
  • Dores musculares;
  • Fadiga;
  • Lesões cutâneas;
  • Linfadenopatia.

Transmissão

A mpox é uma doença viral que pode ser transmitida de várias maneiras. Entre elas:

  • Contato direto com lesões cutâneas de uma pessoa ou animal infectado;
  • Contato com fluidos corporais, como sangue;
  • Por via respiratória com gotículas de saliva da pessoa infectada.

Tratamento e prevenção

Não há tratamento específico para a infecção pelo vírus da mpox, segundo o MS. A atenção médica é usada para aliviar dores e demais sintomas, com o foco na prevenção de sequelas de longo prazo.

Atualmente, as principais vacinas utilizadas globalmente para prevenir a mpox são a ACAM2000 e a Jynneos (também conhecida como Imvamune ou Imvanex).

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