Bombeiros alertam para falhas estruturais e elétricas na antiga rodoviária de Florianópolis

O Corpo de Bombeiros realizou uma nova vistoria na antiga rodoviária de Florianópolis, na quinta-feira (15), e encontrou diversas irregularidades, dentre elas, falhas estruturais e elétricas, que colocam o prédio em risco. Diante disso, o Ministério Público afirmou que deverá solicitar a interdição do local.

Prédio da antiga rodoviária de Florianópolis

Corpo de Bombeiros realizou uma nova vistoria na antiga rodoviária de Florianópolis, na quinta-feira (15) – Foto: Germano Rorato/ND

Atualmente, 11 comércios funcionam no local. Conforme o relatório da vistoria, apesar de o segundo e terceiros pavimentos estarem em situações mais críticas, toda a estrutura do prédio está comprometida, com rachaduras, infiltração e problemas elétricos.

A vistoria também mostrou que o teto do prédio não possui material resistente ao fogo e que as “instalações elétricas estão precárias”.

Outro ponto preocupante ressaltado na vistoria é que o corrimão e o guarda-corpo do prédio da antiga rodoviária não atendem às normas dos Bombeiros, comprometendo, portanto, a eficiência das saídas de emergência. Além disso, foi constatado que o material de acabamento também não está em conformidade com a normativa estabelecida.

O prédio da antiga rodoviária  pertence ao poder público, entretanto, anos atrás, foi cedido para administração privada. Portanto, hoje não se tem clareza sobre de quem é a responsabilidade do local.

Município tenta reaver antiga rodoviária

Disposto a dar um ponto final nas irregularidades, o município moveu, anteriormente, uma ação de reintegração de posse tentando reaver o imóvel, mas os comerciantes remanescentes se sustentam em liminares concedidas pela Justiça.

Vistoria também mostrou que o teto do prédio não possui material resistente ao fogo e que as “instalações elétricas estão precárias” – Foto: Leo Munhoz – ND

Após uma outra vistoria realizada no início deste mês, o promotor Daniel Paladino disse que se vê diante de um problema maior do que o imaginado.

“A par das conclusões que tivemos, isso terá reflexos criminais. Vou informar a Promotoria Criminal da Capital esses ilícitos que, porventura, estejam acontecendo de forma continuada, ao longo de muitos anos”, disse o promotor em relação à cobrança indevida de aluguéis no imóvel público.

O promotor também se surpreendeu porque um imóvel comercial, ainda que irregular, é usado como dormitório e para outros fins. Isso ocorre na parte superior do edifício. Na vistoria, as autoridades tentaram acessar esse espaço, mas não tiveram sucesso.

“Percebemos que há outras atividades ali. Vimos dois idosos na janela. Há pessoas provavelmente morando lá em cima, sem fiscalização das autoridades, como os bombeiros, sendo que tem ar-condicionado instalado”, declarou Paladino.

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