‘Não seja advogado, entre para o ramo da construção’: o conselho deste empreiteiro a jovens

“Todo mundo quer ser advogado, mas, na realidade, pode ser mais lucrativo e mais gratificante trabalhar com as mãos”, diz o empresário da construção civil Tommy Bouillon, cansado de ver a falta de valorização das profissões técnicas.

Conselho do empreiteiro repercutiu entre jovens

Conselho deste empreiteiro a jovens

O empresário da construção civil Tommy Bouillon, cansado de ver a falta de valorização das profissões técnicas, deu um conselho na internet que viralizou – Foto: Pierre-Paul Poulin/Le Journal de Montréal/Agence QMI

Na última semana, o empreiteiro canadense de 43 anos fez um contundente pedido de desculpas pela formação profissional, o que gerou uma série de reações. “Se isso ressoa, é porque estou no caminho certo”, escreveu em suas redes sociais.

Bouillon destacou a crise de escassez de mão de obra que atinge duramente a indústria da construção. “Estamos enfrentando uma situação em que há muitos contratos na alvenaria que não podemos aceitar devido à falta de trabalhadores qualificados”, lamentou o empresário. Ele acredita que é crucial “mostrar aos jovens as oportunidades valiosas no setor da construção”.

O empresário também criticou a visão de que a formação profissional deve ser considerada apenas uma opção de último recurso para aqueles que têm dificuldades acadêmicas.

“A universidade não é para todos, e isso é correto”, afirmou Bouillon, defendendo que as escolas profissionais deveriam ser vistas como uma opção legítima e atrativa desde cedo, especialmente no contexto atual.

+ 10 profissões que a IA não pode substituir em 2024

Ao longo de sua carreira, Bouillon conta que observou muitos jovens perderem a confiança em si mesmos e no sistema educacional por não corresponderem às expectativas da sociedade ou de seus pais. “Isso os faz cair no caminho errado”, lamentou.

Ele deu o exemplo de um jovem que, ao iniciar sua carreira como pedreiro aos 18 anos, poderia acumular aproximadamente 300 mil dólares até os 30 anos se investisse 250 dólares por semana com uma taxa de juros de 10%.

“Enquanto isso, longos períodos de estudo e salários iniciais baixos muitas vezes atrasam o acesso à poupança para os jovens profissionais”, ressaltou Bouillon.

Por fim, o empresário enfatizou que, embora seja importante buscar a felicidade e fazer o que se gosta, o trabalho duro também traz recompensas financeiras. “O que te deixa feliz também é o que você faz nos finais de semana e a possibilidade de economizar para o futuro”, concluiu.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.