Crise nas Estruturas

Nunca, na minha vida, vi a sociedade tão dividia e tão caótica.

 

Muito dual e extrema. Eu faço parte disso. Não estou me eximindo. Sou totalmente de direita.

 

Mas reflito… Dois lados lutando para defender suas ideias e parece que esquecemos o principal.

 

Para mim Deus, Pátria, Liberdade e Família fazem todo sentindo, mesmo que pareça utopia em alguns aspectos e que eu perceba algumas contradições.

 

Acredito em Deus, ainda que em alguns momentos a minha Fé seja testada e eu esteja no meu limite. Isso aconteceu no dia 08 de janeiro. Entrei em jejum em casa naquela data, em respeito aos detidos injustamente, por mais de um dia.

 

Tenho amor à minha Pátria, mas esse amor é recente, foi conquistado no governo anterior (de 2018 a 2022), pois durante muitos anos não acreditei no meu país. E no momento atual tenho medo do caminho que minha Pátria segue e penso se não gostaria de estar em outro lugar. Dualidade pura.

 

Liberdade para mim é outro valor fundamental, mas há que ter limites baseados no respeito à liberdade do outro. E parece algo inatingível na sua essência em uma sociedade caótica, com valores tão deturpados  de “todes” como “eu quero, eu tomo” (How come?!)

 

Familia. Ah! Família. Aqui acho que fica o ponto de maior reflexão, análise, satisfação e insatisfação também. A família precisa transmitir establididade, precisa ser estruturada, respeitosa, feliz… precisa também nos transmitir valores e limites.

 

A questão mais importante está aqui. E sua base começa na recuperação das relações e no fortalecimento da autoestima dos indivíduos.

 

Quantas relações tóxicas e desrespeitosas geram filhos que terão que enfrentar inseguranças e incertezas… se tornando adultos que estabelecerão novas relações tóxicas e destrutivas, num ciclo de ruína que parece sem fim.

 

Minha família não foi a ideal. Eu vi a desestruturação dela na minha adolescência e levei anos para entender o que é uma relação saudável. 

 

Já passei dos 50. Muita terapia e autoconhecimento para chegar aqui.  

 

Hoje eu sou feliz. Bem feliz.

 

Quantas crianças crescem em lares desfeitos?

 

Para recuperarmos a sociedade, precisamos recuperar a capacidade de ter compaixão e precisamos aprender a acolher as emoções das nossas crianças…

 

Mas muitos não conseguem acolher e administrar as próprias emoções. Por isso… precisamos também criar mecanismos para cuidar das emoções dos adultos.

 

A sociedade precisa criar sistemas de amparo e apoio às famílias, e não vir com conversinha fiada de tomar conta das crianças ou educá-las, em lugar de seus pais. 

 

A solução não é transferir para a escola a transmissão de valores.

 

Ontem, assisti à uma live do Gayer sobre a doutrinação que ocorre nas escolas. Ele está fazendo um ótimo trabalho no combate de posturas que acabam deturpando valores e capacidade das crianças e jovens de refletirem por elas mesmas. 

 

A escola não é a instituição que deve substituir a família na transmissão de valores.

 

Me ocorre agora que muitas vezes  o Estatuto da Criança e do Adolescente foi interpretado de forma equivocada… ele não pode ser deturpado a ponto de impedir que os pais eduquem seus filhos. Arrumar o quarto… lavar uma louça… não é exploração de trabalho infantil.

 

Precisamos reconstruir o conceito de família, do papel da mesma… e precisamos cuidar da saúde emocional dos adultos.

 

Pra mim está tudo invertido. 

 

Penso também que quando os adultos vivem para sobreviver com uma carga tributária exorbitante, dificilmente terão tranquilidade, tempo de qualidade e recurso para passar, esse tempo de qualidade, com suas famílias?

 

Precisamos rever muita coisa.

 

Porém diante de toda a reflexão:

 

Não é destruindo o conceito de família que teremos a solução. 

 

Não é enaltecendo ideologia de gênero e atacando a família tradicional que teremos a solução.

 

Não é ignorando ou supervalorizando famílias alternativas que teremos a solução.

 

Todas as pessoas e todas os tipos de família merecem consideração e respeito. A família tradicional também… os éteros também merecem respeito.

 

Fortalecendo o indivíduo nas suas emoções e nas suas interações familiares poderemos encontrar o caminho e a solução.

 

No meu ponto de vista o Estado jamais terá condição de substituir esse vínculo, nem deve ousar tentar.

 

Estado deve servir famílias e não ser servido por elas.

 

Família é valor sagrado.

 

 

Guerreira da Luz

Quem sou? Sou declaradamente de direita. Sou Patriota, branca, étero, mulher, mãe, irmã, amiga, filha de papai, orgulho da mamãe, parceira da verdade, defensora da quebra das narrativas. Sou economista tradicional, pedagoga anti Paulo Freire, pós graduada em neuroaprendizagem, terapeuta e sou uma escritora irreverente.

 
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