Duas décadas depois, ‘Bandido da Luz Vermelha’ viraliza em Joinville; entenda

Você sabia que um dos criminosos mais famosos do Brasil está enterrado em Santa Catarina? O influenciador Bruno de Oliveira mostrou em um vídeo, que viralizou, o local do sepultamento de João Acácio Pereira da Costa, conhecido como o “Bandido da Luz Vermelha”.

Cemitério onde está enterrado o Bandido da Luz Vermelha – Foto: Google Maps/Reprodução/ND

O homem que cometeu uma série de crimes chocantes foi enterrado em 1998 no Cemitério Municipal São Sebastião, no bairro Iririú, em Joinville, aos 55 anos.

Duas décadas depois, Bruno mostrou como está o local. “É bem descuidado. Parece que ninguém vem visitá-lo há muito tempo. Pelo que dá para perceber, esses vasos de flores foram deixados por fãs”, comentou Bruno de Oliveira no vídeo, que já ultrapassou 170 mil visualizações.

 

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A história do bandido que morreu em Joinville

Documentos antigos da Justiça de São Paulo revelam detalhes sobre a vida e os crimes de João Acácio Pereira da Costa, cuja história ganhou notoriedade e foi retratada no cinema. Nascido em Joinville, ele perdeu os pais na infância e, após sofrer maus-tratos de um tio, passou a viver nas ruas. Na década de 1960, mudou-se para São Paulo, onde iniciou uma série de crimes que o tornaram um dos bandidos mais procurados do país.

Sua inspiração foi Caryl Chessman, um criminoso norte-americano condenado à morte, que ficou conhecido como o “Red Light Bandit”. Inspirado por Chessman, João Acácio adotou o pseudônimo “Bandido da Luz Vermelha”, usando uma lanterna vermelha para intimidar suas vítimas durante os assaltos. Vestido como os personagens dos filmes de faroeste, ele invadia mansões e subtraía joias e dinheiro.

“Bandido da Luz Vermelha” estuprou mais de 100 mulheres

O “Bandido da Luz Vermelha” foi responsável por 77 assaltos, dois homicídios, dois latrocínios e sete tentativas de homicídio, além disso, estima-se que ele tenha estuprado mais de 100 mulheres. Condenado a 351 anos de prisão, João Acácio cumpriu 30 anos e foi libertado em 1997. No ano seguinte, foi morto por um pescador em Joinville, que alegou legítima defesa.

Fascinação pelo mundo fúnebre: conheça quem está por trás da gravação

Bruno de Oliveira, além de influenciador digital, trabalha no setor funerário e busca desmistificar a morte, nas palavras dele. “A morte é algo desconhecido, e eu tento falar do assunto, que é pesado, de uma maneira leve. Por isso que gera tanta repercussão. Muitas pessoas têm curiosidade, assim como eu tinha quando era criança”, explica.

Desde pequeno, ele conta que tinha uma fascinação incomum pelo mundo fúnebre. “Quando eu tinha nove anos, um cachorro meu faleceu e, depois de alguns meses, desenterrei os ossos para ver como estavam. Lavei os ossinhos no tanque e minha mãe ficou louca comigo. Eu só desenterrei para ver e depois enterrei de novo. Digo que foi a minha primeira exumação. Sempre gostava de ir a velórios, tinha muita curiosidade”.

Natural do interior do Paraná e atualmente residente em Joinville, Bruno sempre procurou respostas para suas inquietações sobre o preparo dos corpos e os rituais funerários. “Perguntava para os adultos como eles preparavam, mas nunca me falavam, sempre me assustavam. Cresci com esse sonho de entender mais sobre o assunto”, revela.

Sua paixão pelo tema o levou a iniciar sua carreira no setor funerário com um estágio no IML (Instituto Médico Legal), seguido de anos de trabalho em funerárias. “Quando comecei a trabalhar na área, pensei: por que não tirar a curiosidade das pessoas?”, pondera Bruno.