Feliz Natal, Anta Gorda, Bofete: 10 cidades com nomes diferentes que são ‘puro suco do Brasil’

O Brasil, com sua vasta extensão territorial e diversidade cultural, é também lar de cidades com nomes, no mínimo, curiosos. Contudo, apesar de parecerem engraçados ou diferentes, cada um carrega uma história que refletem tradições, paisagens e personalidades importantes.

 

Estátua da anta que deu nome ao município Anta Gorda

Estátua da anta que deu nome ao município Anta Gorda – Foto: Reprodução/ND

 10 cidades com nomes diferentes no Brasil:

Amargosa (BA)

Fundada em 1891, Amargosa foi batizada em homenagem à uma pomba comum na região, a Patagioenas plumbea.

Apesar da carne amarga, a ave era muito consumida, o que levou os caçadores a popularizar a frase “Vamos às Amargosas” em suas expedições de caça.

Anta Gorda (RS)

Localizada ao nordeste do Rio Grande do Sul, antes mesmo de ser uma cidade exploradores percorreram a região em 1963 e encontraram uma anta de proporções impressionantes.

O tamanho do animal foi tão marcante que o local passou a ser chamado de “onde mataram a anta gorda”, dando origem ao nome do município, naquele mesmo ano.

Atualmente, existe uma estátua da anta gigante em homenagem ao animal que nomeou a cidade.

Bofete (SP)

O nome Bofete surgiu em 1864, inspirado por um morro com uma câmara natural na rocha.

Segundo relatos históricos, tropeiros que viajavam de Minas Gerais para o Paraná costumavam guardar alimentos e água fresca no local.

Município Bofete está na lista das cidades com nomes diferentes no Brasil

Município Bofete está na lista das cidades com nomes diferentes no Brasil – Foto: Reprodução/ND

O nome do relevo foi inicialmente “Morro do Buffet”, que em francês significa “aparador de comida”.

O termo foi abrasileirado e virou “Bofete”, que sugere o local onde se encontra o necessário, a fartura e abundância. O nome foi oficializado em 21 de dezembro de 1921.

Cabaceiras (PB)

Batizada em 1835, Cabaceiras homenageia a planta Lagenaria siceraria, popularmente chamada de cabeceira.

A planta rasteira, com folhas grandes que produz o cabaço, era muito abundante na região quando a cidade foi criada. Quando seco, o cabaço pode ser transformado em um recipiente de água.

Cabaceiras é um município localizado no Sertão do Cariri, a cerca de 180 km de João Pessoa. A cidade é conhecida por sua beleza natural e já foi chamada de “Roliúde Nordestina” devido ao talento cinematográfico da região.

Caculé (BA)

O nome remonta a Manoel Caculé, um escravo que trabalhou como vaqueiro na Fazenda Jacaré. Após a abolição da escravatura , ele passou a viver às margens de uma lagoa nas terras onde trabalhava, construindo um rancho.

Posteriormente, o local virou a cidade, onde seu fundador virou uma espécie de herói no imaginário local, sendo a razão para o nome do município.

Feliz Natal, em Mato Grosso

Feliz Natal, em Mato Grosso – Foto: Reprodução/ND

Carrapateira (PB)

Apesar do que sugere, o nome Carrapateira, dado em 1961, não se refere a carrapatos, mas sim à planta mamona, também conhecida como carrapateira, comum na região.

Choró (CE)

Fundada em 1987, Choró tem origem no termo tupi-guarani “chorron”, que significa murmurar.

A palavra remete ao canto suave de um pássaro local, destacando a serenidade da cidade.

Cravinhos (SP)

Em 1897, Cravinhos recebeu seu nome por conta das cravinas, pequenas flores que ornamentavam a Fazenda Cravinhos. A delicadeza e a beleza dessas flores marcaram a identidade local.

Curralinho (PA)

A cidade surgiu a partir de uma propriedade privada, que cresceu com o agrupamento de pessoas ligadas aos proprietários.

O nome Curralinho foi derivado de “curralzinho”, termo usado pelos exploradores portugueses no final do século XIX para designar um pequeno curral improvisado para o gado. Com o uso, a palavra perdeu o “Z”.

Feliz Natal (MT)

O nome surgiu após um episódio vivido por trabalhadores rurais em 1978. Era véspera de Natal, no dia 23 de dezembro, quando eles estavam voltando para casa para as festividades.

No entanto, devido às fortes chuvas e péssimas condições das estradas, eles ficaram isolados no caminho. Como não conseguiam voltar para casa, passaram a véspera de Natal no local, até a chuva diminuir.

Como lembrança, um dos trabalhadores escreveu “Feliz Natal” em uma árvore. Com o tempo, a frase se tornou um ponto de referência na região.

Quando a comunidade se formou e se transformou em município, o local recebeu o nome de Feliz Natal, como homenagem aos trabalhadores daquela noite. A cidade se emancipou do município de Vera em 1995.

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