SC tem a maior proporção de domicílios de uso ocasional e a menor de moradias vagas do país

Santa Catarina é o estado com a maior proporção de domicílios de uso ocasional do país. Segundo um levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgado nesta sexta-feira (6), 10,3% das residências catarinenses se encaixam no grupo.

Os domicílios de uso ocasional são principalmente casas de veraneio e imóveis residenciais voltados para aluguel de curta duração, que servem ocasionalmente de moradia.

O Censo Demográfico do IBGE se refere a dados coletados em 2022. Naquele ano, entre os 3,5 milhões de domicílios recenseados em Santa Catarina, 663 mil (19,1%) eram residências particulares permanentes não ocupadas, sendo o 20º percentual do país.

Um total de 358,7 mil (10,3%) eram domicílios de uso ocasional, sendo que 242 mil (67,5%) desses são casas e 111,3 mil (31%) são apartamentos.

A proporção catarinense de domicílios não ocupados de uso ocasional supera as da Bahia e do Tocantins (9,8%), além da proporção nacional (7,4%).

Entre os domicílios de uso ocasional, os apartamentos predominam nas cidades litorâneas

Com 94,4%, Balneário Camboriú lidera o ranking das cidades com maior proporção de apartamentos entre os domicílios de uso ocasional no Brasil.

Segundo o IBGE, os apartamentos de veraneio ou locação temporária também se destacam em outras cidades litorâneas.

Itapema é o segundo município de Santa Catarina e terceiro do país com maior percentual de apartamentos de uso ocasional, com 90,5%. Florianópolis é quarto no estado e 20º no país, com 63,4%.

Piratuba é a única cidade entre as cinco de maior proporção que não se localiza na faixa litorânea, sendo a terceira no estado e 14º no Brasil, com 66,5%.

Jaguaruna tem o maior número de casas de uso ocasional em SC

O Censo Demográfico revela que Jaguaruna é o município catarinense com maior número de domicílios de uso ocasional do tipo casa.

São 15.176 casas, que representam 96,4% dos 15,7 mil domicílios de uso ocasional no município. O número é o 26º maior do país, no ranking liderado por Itanhaém, em São Paulo, com 37,8 mil residências do grupo.

Em Santa Catarina, Jaguaruna é seguida de São Francisco do Sul (14,5 mil casas), Florianópolis (12,2 mil), Itapoá (11,5 mil) e Palhoça (10,6 mil).

O IBGE ainda mostra que as casas representam 100% dos domicílios de uso ocasional em 30 cidades catarinenses, sendo 29 do interior. A única exceção no litoral é Pescaria Brava.

SC tem o menor percentual de domicílios vagos

Santa Catarina, por outro lado, tem a menor proporção de domicílios não ocupados vagos do país, com 8,8%. O percentual nacional é de 12,6%.

A categoria se refere ao domicílio particular permanente que não tinha morador na data de referência. Entre as 304,4 mil residências vagas no estado, 196,7 mil (64,6%) são casas e 97,8 mil (32,1%) são apartamentos.

Além disso, Santa Catarina tem 7 dos 15 municípios com maior percentual de domicílios vagos do tipo apartamento do país. Balneário Camboriú lidera o ranking, com o percentual de 75,3%.

Em números absolutos, porém, são os três municípios mais populosos que lideram em número de apartamentos vagos em Santa Catarina. A capital Florianópolis tem 14,8 mil, seguida por Joinville (10 mil) e Blumenau (6,4 mil).