Alexandre de Moraes autoriza que PF avalie se X mentiu sobre perfis que burlaram bloqueio

Após pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República), o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), autorizou que peritos da Polícia Federal façam um parecer técnico sobre o ‘caso X’. O objetivo é checar a veracidade das explicações dadas pelo X (antigo Twitter) para as transmissões ao vivo feitas por perfis suspensos da plataforma por ordem judicial.

Em ofício enviado ao STF, representantes da empresa no Brasil justificaram que houve uma “falha técnico-operacional” no acesso pelo aplicativo – Foto: Fellipe Sampaio /SCO/STF/Reprodução/ND

A PGR quer saber sobre a veracidade da explicação do X, de que os responsáveis pelos perfis teriam utilizado uma falha técnico-operacional para acessar a plataforma, mesmo após as ordens de suspensão.

“Acolho a manifestação da Procuradoria-Geral da República e determino o encaminhamento dos autos à Polícia Federal, para que o setor pericial competente possa examinar os esclarecimentos prestados pela plataforma “X” e avaliar sua verossimilhança. Com o retorno dos autos, encaminhem-se à Procuradoria-Geral da República, para manifestação, no prazo de 15 dias”, disse o ministro.

Qual a explicação do X para o caso?

As explicações do X foram dadas em abril. Segundo a rede, a atuação de usuários investigados reflete uma “tentativa deliberada, intencional e persistente de burlar as medidas de segurança implementadas pelas operadoras da rede social”.

A PGR quer saber sobre a veracidade da explicação do X dada em abril – Foto: Internet/ Reprodução

Conforme o X, usuários que não estavam bloqueados convidaram perfis suspensos para participar de conversas em tempo real por meio da funcionalidade Spaces. Vale lembrar que a confusão envolvendo as transmissões ao vivo começou antes mesmo do banimento do X no Brasil.

Alexandre de Moraes é relator em inquérito

Em abril, a Polícia Federal (PF) identificou pelo menos seis perfis ativos no Brasil que, apesar dos bloqueios judiciais, conseguiram se engajar em transmissões ao vivo e interagir com outros usuários.

Naquela época, a PF verificou que o X bloqueou em seus canais as postagens feitas e recebidas por pessoas que respondem na Justiça, mas autorizou o uso de sua rede, desde 8 de abril de 2024, para transmissão de conteúdo ao vivo.

A manifestação foi feita em um inquérito sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes. No entanto, segundo os advogados do X, o problema foi corrigido e os casos foram exceção.

No momento, a plataforma X está suspensa por ordem do ministro Alexandre de Moraes, após ter se recusado a nomear representantes para responder a demandas judiciais no país.

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