Julgamento de Clésio Salvaro é suspenso e investigados na Operação Caronte seguem presos em SC

O julgamento dos pedidos de liberdade para o prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro, e outros sete investigados pela Operação Caronte, foi suspenso pelo Poder Judiciário de Santa Catarina nesta quinta-feira (12).

A medida ocorre após pedido de vista do Desembargador Antônio Zoldan da Veiga. A previsão é de que a votação ocorra em sessão na próxima semana. Até lá, todos seguem presos.

Clésio Salvaro e outros investigados na Operação Caronte seguem presos após suspensão de julgamento em Florianópolis

Investigados na Operação Caronte seguem presos após suspensão de julgamento em Florianópolis – Foto: Paulo Mueller/ ND

O julgamento iniciou por volta de 9h e contou com sustentação oral dos advogados de defesa. O pedido de vista foi feito cerca de três horas depois.

Clésio Salvaro é apontado como integrante de organização criminosa

O Ministério Público de Santa Catarina aponta que o prefeito de Criciúma é parte de uma organização criminosa que tomou conta dos serviços funerários da cidade a partir de licitações fraudulentas. Mensagens interceptadas pela investigação comprovam que Salvaro era parte de um dos núcleos envolvidos na fraude.

Além de Salvaro, Juliano da Silva Deolindo, advogado da Secretaria Municipal de Assistência Social de Criciúma, Juliane Abel Barchinski, servidora da Secretaria Municipal de Assistência Social de Criciúma, e o ex-secretário de Assistência Social de Criciúma, Bruno Ferreira, formavam o núcleo “público” da organização. Todos estão presos.

Prefeito de Criciúma foi denunciado pelo MPSC por organização criminosa, fraude em processos licitatórios e corrupção

Prefeito de Criciúma foi denunciado pelo MPSC por organização criminosa, fraude em processos licitatórios e corrupção – Foto: Reprodução/ Instagram/ ND

Operação Caronte

O esquema era constituído por dois núcleos — um empresarial e outro público — formados por sócios das empresas funerárias, servidores municipais e políticos. No início de setembro, o prefeito e outras nove pessoas foram presas preventivamente.

O Geac e Gaeco apontam que os grupos empresariais, Crematório Catarinense e Bom Jesus, Menino Deus e Frasseto Serviços Funerários e Recando da Paz e Criciúma Serviços Funerários, “se uniram” para assumir a Central de Serviços Funerários do município. Esse era o núcleo empresarial.

Todos os 21 envolvidos são suspeitos de formação de organização criminosa, fraudes licitatórias e contratuais, corrupções, crimes contra a ordem econômica e economia popular envolvendo a concessão de serviço funerário na cidade de Criciúma.

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