Lula na Assembleia Geral da ONU, em Nova York, nos Estados Unidos.

“É hora de enfrentar o debate sobre o ritmo lento da descarbonização do planeta e trabalhar por uma economia menos dependente de combustíveis fósseis”, disse o presidente Lula nesta terça-feira (24/9) em discurso na Assembleia Geral da ONU, em Nova York, nos Estados Unidos.

O presidente cobrou que os países cumpram suas metas climáticas e afirmou que o Brasil apresentará a sua Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC, na sigla em inglês) ainda neste ano. Lula também defendeu maior financiamento climático para que os países pobres realizem sua transição verde.

“Mais de 90 bilhões de dólares foram mobilizados com arsenais nucleares. Esses recursos poderiam ter sido utilizados para combater a fome e enfrentar a mudança do clima”, afirmou o presidente.

O presidente destacou ainda o impacto da mudança do clima no mundo e previsões de que 2024 seja o ano mais quente da história moderna e afirmou que o governo não terceiriza sua responsabilidade no combate à emergência climática:

“No sul do Brasil tivemos a maior enchente desde 1941. A Amazônia está atravessando a pior estiagem em 45 anos. Incêndios florestais se alastraram pelo país e já devoraram 5 milhões de hectares apenas no mês de agosto”, declarou o presidente.

Lula reforçou o compromisso do governo federal com o combate ao crimes ambientais, como o garimpo ilegal e o crime organizado. O presidente mencionou a queda do desmatamento em 50% no ano passado, segundo dados do sistema Deter, do Inpe.

“Reduzimos o desmatamento na Amazônia em 50% no último ano e vamos erradicá-lo até 2030. Não é mais admissível pensar em soluções para as florestas tropicais sem ouvir os povos indígenas, comunidades tradicionais e todos aqueles que vivem nelas. Nossa visão de desenvolvimento sustentável está alicerçada no potencial da bioeconomia”, disse Lula.

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