Divulgada a Previsão Climática para o trimestre Outubro, Novembro e Dezembro de 2024

Divulgada a Previsão Climática para o trimestre Outubro, Novembro e Dezembro de 2024 1

Os próximos três meses do ano (outubro, novembro e dezembro) compreendem a grande parte da primavera e o início do verão no Hemisfério Sul. De acordo com a climatologia, neste período, a chuva ocorre de forma volumosa, em especial no grande oeste do estado, que apresenta os maiores acumulados do ano. A chuva muitas vezes é provocada pela passagem de frentes frias, associadas a ciclones extratropicais. O fenômeno ainda pode estar  relacionado à convecção, ou seja, devido aos temporais típicos de primavera, que normalmente ocorrem entre o final das tardes e o início das noites. As frentes frias, associadas a ciclones, costumam provocar episódios de agitação marítima e ressaca nas regiões litorâneas. Já os temporais, podem resultar em ventos fortes, queda de granizo, alagamentos e enxurradas.

Em outubro os acumulados são expressivos, ficando entre 200 e 250mm na maior parte do Grande Oeste e algumas regiões do Alto Vale do Itajaí, Planalto Sul, Litoral Sul e Planalto Norte. Nas áreas litorâneas, exceto no Litoral Sul próximo à divisa com o RS, o regime de chuvas é menor, variando de 100 a 150mm.

 No mês de novembro os volumes acumulados diminuem com relação aos meses anteriores, uma vez que, a chuva passa a apresentar distribuição irregular, mas tende a ser mais frequente. De uma forma geral os volumes esperados variam entre 140 e 170mm no Grande Oeste e entre 110 e 140mm nas demais regiões. 

Em dezembro, os volumes seguem significativos, mas melhores distribuídos no estado. São esperados acumulados entre 150 e 200 mm em grande parte das regiões, com apenas pontuais ligeiramente abaixo destes valores

Nesta época do ano, ainda é comum dias com grande amplitude térmica, com frio no amanhecer e temperaturas amenas no período da tarde. Além disso, são frequentes os episódios de ventos persistentes que resultam em agitação localizada no mar.

PREVISÃO

Atualmente, estamos na fase de neutralidade em relação aos fenômenos El Niño e La Niña, o que significa que nenhum dos dois fenômenos estão ativos. No entanto, a expectativa é que a La Niña se configure entre a primavera e o início do verão (Figura 1) com fraca a moderada intensidade.

A primavera começou relativamente seca em Santa Catarina, com chuvas abaixo da média no decorrer do mês de Setembro. Estas condições devem mudar em outubro, quando as previsões indicam volumes próximos à acima da média climatológica em todo o estado. Destaca-se que o mês já é o mais chuvoso no Grande Oeste.

Para novembro e dezembro, os volumes previstos continuam próximos a acima da média nas regiões litorâneas e Vale do Itajaí, entretanto, no Grande Oeste o padrão é invertido, com valores entre a média e abaixo, com chuvas que ocorrem de forma irregular nestas regiões.

Vale ressaltar que, mesmo com a previsão de chuva irregular e menos frequente no estado, eventos de chuva intensa e temporais com raios, rajadas de vento e granizo ainda devem ocorrer, resultando em transtornos.

As previsões também indicam que o próximo trimestre será marcado por temperaturas acima da média histórica.

HISTÓRICO DE OCORRÊNCIAS

De acordo com o Perfil Histórico de Desastres do Plano Estadual de Proteção e Defesa Civil de Santa Catarina (PPDC-SC), que abrange 29 anos de dados (1995-2019), foram registradas 5540 ocorrências de desastres.

Destaca-se que a grande parte das ocorrências ficam concentradas nos meses mais quentes do ano, entre setembro e março (Figura 2). Entre outubro e dezembro, há aumento significativo de registro de temporais acompanhados de raios, rajadas de vento e granizo em comparação ao inverno e, consequentemente, um acréscimo de ocorrências associadas a estes eventos meteorológicos.

Outubro é o segundo mês do ano com o maior número de ocorrências relacionadas a temporais com granizo e vendavais. Além disso, é também o segundo mês em registros de inundações, que estão diretamente associadas a chuvas volumosas. Esses eventos extremos destacam o aumento da frequência de ocorrências em Santa Catarina associadas a eventos tempestuosos.

RECOMENDAÇÕES

No caso de alagamentos e enxurradas, evite o contato com as águas e não dirija em locais alagados. Evite transitar em pontilhões e pontes submersas. Cuidado com crianças próximas a rios e ribeirões.

Durante temporais, com raios, rajadas de vento e granizo, busque local abrigado, longe de árvores, placas e de outros objetos que possam ser arremessados. Na praia, não fique na água.

A Defesa Civil reitera a necessidade de acompanhar diariamente os avisos e boletins de previsão do tempo devido às constantes atualizações nos modelos meteorológicos.

Fonte: Defesa Civíl de Santa Catarina

Adicionar aos favoritos o Link permanente.