Policial que “acabou com regalias” em presídios de SC irá comandar o sistema

Carlos Alves e Maryanne Mattos serão, respectivamente, secretário e secretária-adjunta

Divulgação

O Governador Jorginho Mello (PL) confirmou, nesta semana, os nomes dos novos secretários de Administração Prisional e Socioeducativo de Santa Catarina. A pasta será chefiada por Carlos Alves, policial penal, com a vereadora de Florianópolis, Maryanne Mattos, como secretária-adjunta.

Em 2012, Carlos Alves viveu uma tragédia pessoal quando sua esposa, Deise Alves, também agente prisional, foi assassinada por uma facção criminosa em São José, na Grande Florianópolis. Segundo denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC), a intenção do grupo era matar Carlos, mas os criminosos acabaram atacando Deise por engano.

Este trágico incidente desencadeou uma série de eventos, incluindo uma onda de atentados no Estado, entre 2012 e 2013. No caso, tudo teria sido provocado porque Carlos teria retirado as ‘regalias’ dos detidos.

“É muito simples: existe o que está na lei e o que não está na lei. A linha-dura é fazer, cobrar o procedimento. Se isso é linha-dura, então eu sou um cara linha-dura”, disse Carlos em entrevista ao portal NSC.

Em entrevista concedida um ano após a morte de sua esposa, Carlos Alves, então com 36 anos, afirmou que a facção tinha o objetivo de atingi-lo pessoalmente. Alves detalhou a ingerência que o grupo criminoso tentava exercer na administração do presídio, buscando influenciar até mesmo as escalas dos agentes.

O ataque a Deise foi amplamente associado a um esforço do Primeiro Grupo Catarinense (PGC) para atacar Carlos devido às medidas restritivas que ele havia implementado na penitenciária. Carlos sempre manteve que sua esposa não foi morta por engano, refutando a tese de que os criminosos confundiram Deise com ele.

Enquanto isso, Maryanne Mattos, nova secretária-adjunta, é vereadora da capital pelo PL e está sendo cotada como possível vice-prefeita na chapa de Topazio Neto, em uma futura eleição em Florianópolis.

Ambos os secretários têm desafios pela frente, tendo que conciliar suas trajetórias pessoais e profissionais com as demandas e pressões da administração prisional de Santa Catarina.

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