Mais de 40% da população de Florianópolis diz ter obesidade, aponta pesquisa

Dados da última pesquisa Vigitel (Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) dão conta que pelos menos 43,6% da população de Florianópolis diz ter obesidade.

População de Florianópolis diz ter obesidade

População de Florianópolis diz ter obesidade, mas se exercita e é destaque no consumo de alimentos in natura, segundo pesquisa – Foto: Freepik/Reprodução ND

A pesquisa de 2023, que é um importante termômetro relacionado às doenças crônicas e que serve de base para instituições que estudam as doenças metabólicas, mapeou características de sobrepeso, consumo abusivo de álcool, tabagismo e prática de atividade física nos 26 estados do Brasil e no Distrito Federal.

População de Florianópolis diz ter obesidade, mas se destaca na prática de exercícios

Na pesquisa, 47,3% da população entrevistada disse praticar exercícos físicos regularmente. Assim, Florianópolis figura entre as três capitais brasileiras que se destacam quando o assunto é atividade física – ficou atrás apenas de Vitória, no Espírito Santo, e do Distrito Federal.

Destaque quando o assunto é corridas, Florianópolis está entre as capitais em que os entrevistados afirmaram praticarem exercícios físicos durante 150 minutos por semana – Foto: Freepik/Reprodução/ND

O estudo considerou suficiente pelo menos 150 minutos semanais de atividades de intensidade moderada.

Acesso a alimentos de qualidade

O aumento nos casos de obesidade no mundo é discutido por entidades médicas há anos. Um levantamento do R7 com dados do Ministério da Saúde dá conta que, na última década, a doença aumentou 286% no Brasil.

O total de pacientes acompanhados na Atenção Primária à Saúde – os conhecidos postos de saúde – cresceu de 2,1 milhões em 2014 para 8,2 milhões no ano passado.

Alimentos como macarrão instantâneo, o famoso “miojo”, costumam ser baratos e fáceis de fazer; na correria no dia a dia, ou pela falta de acesso a verduras e frutas, população opta pelo ultraprocessado – Foto: Pixabay/Reprodução/ND

Assim, para o presidente da ONG Obesidade Brasil, Carlos Schiavon, a discussão precisa ir além do incentivo aos exercícios físicos e às dietas. É preciso questionar sobre o tipo de acesso que a população tem aos alimentos.

“Temos alimentos ultraprocessados de fácil acesso com preço e valor nutricional baixos, hipercalóricos, mas agradáveis ao paladar. Precisamos ter acesso a alimentos in natura com preços acessíveis e disponíveis próximos das residências das pessoas, além de tempo para a população cozinhar a própria comida”, ressalta.

Na Capital, 41,2% das pessoas que participaram da pesquisa disseram consumir frutas e hortaliças in natura.

Conforme a OMS  (Organização Mundial da Saúde), o ideal é que seja consumido 400 gramas desses alimentos diariamente. O valor equivale a, em média, cinco porções de frutas e hortaliças.

 

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