
Um grupo de bombeiros voluntários enfrentou obstáculos ao tentar socorrer um motorista envolvido em um acidente entre um ônibus, um carro e uma moto, na rua Camboriú, cruzamento com a Otto Boehm, no centro de Joinville. O tumulto, registrado em vídeo que viralizou na internet, mostra um dos socorristas sendo hostilizado por uma passageira do ônibus.

Bombeiro voluntário foi xingado por passageira de ônibus durante atendimento de uma ocorrência, e motociclista ficou parado em porta de ambulância para tentar impedir equipe – Foto: Internet/Reprodução/ND
A confusão, que ocorreu na última sexta-feira (8), começou quando os bombeiros chegaram ao local para atender o motorista do carro, que sofreu as lesões mais graves. Durante o socorro, o motociclista e uma passageira do ônibus se exaltaram, confrontaram a equipe e acusaram o motorista de estar embriagado.
“Muitas vidas se perdem. Não muda por causa de pessoas como você, corruptas, que deixam molhar a mão”, dispara a moradora. O bombeiro voluntário Anderson Martins questiona a mulher: “Eu sou corrupto?”. Ela diz que sim.
“Eu trabalhei o dia todo aqui de graça. Se a senhora cair agora, eu vou atender também. Não faço acepção nenhuma”, responde o bombeiro.
Polícia e guarda municipal são acionadas
A situação levou os bombeiros a pedir reforço para a Central dos Bombeiros Voluntários, que acionou a Guarda Municipal e a Polícia Militar. Com a intervenção das forças de segurança, a situação foi controlada e ninguém foi preso.
Após a chegada da polícia, os bombeiros conseguiram levar a vítima ao hospital. “Nosso trabalho é voluntário, nos dedicamos à comunidade, independentemente do estado da pessoa, se está embriagada ou não. Tratamos todas as vítimas de maneira igual, seguindo protocolos de atendimento”, afirmou Martins em entrevista à NDTV Record.
Motociclista tentou impedir entrada de vítima na ambulância, conta bombeiro voluntário
Durante o atendimento, o motociclista chegou a bloquear a saída da ambulância, exigindo que a polícia realizasse um teste de bafômetro no motorista antes de liberá-lo para o hospital.
“Ele disse que só sairia dali com a presença da polícia e se fosse feito o bafômetro. Estava disposto a lutar, se fosse necessário”, relatou Martins. “Foi uma situação lamentável, que não reflete a realidade do nosso trabalho no dia a dia”.