Luigi Mangione é acusado de ‘ato de terrorismo’ por assassinato de CEO em Nova Iorque

Autoridades dos Estados Unidos acusaram Luigi Mangione formalmente, nesta terça-feira (17), pelo assassinato de Brian Thompson, CEO da United Health Care, no início deste mês. A acusação traz ainda a classificação de que o crime teria sido um “ato de terrorismo”.

Luigi Mangioni é acusado de ato de terrorismo pelo assassinato de Brian Thompson, CEO da United Health Care – Foto: AFP/NYPD

Luigi Mangione “responde a uma acusação de assassinato em primeiro grau e duas acusações de assassinato em segundo grau, incluída uma acusação de assassinato em segundo grau como ato de terrorismo“, disse Alvin Bragg, promotor distrital de Manhattan.

Relembre o caso

Mangione é suspeito de matar Thompson, no dia 4 de dezembro na frente do hotel Hilton, no bairro Manhattan, em Nova Iorque. Segundo a polícia de Nova Iorque, as investigações indicam que o assassinato foi premeditado.

Ele teria fugido em uma bicicleta alugada e acabou preso cinco dias depois do assassinato, após ser reconhecido em um Mcdonald’s na cidade de Altoona, Pensilvânia. Mangione estava com uma arma semelhante àquela usada na cena do crime.

Na prisão, foi encontrado um manifesto onde Luigi Mangione justifica seus atos. “Peço desculpas por qualquer sofrimento ou trauma mas isso precisava ser feito”, escreveu.

No manifesto ele afirma que as empresas de saúde são “parasitas”. Ele argumenta que, enquanto os EUA são o 42° país em expectativa de vida, United Health Care é a quarta maior empresa em valor de mercado.

Acusado de ato de terrorismo, Luigi Mangione foi preso na Pensilvânia, no dia 9 de dezembro – Foto: GettyImages/ND

A policia recuperou as cápsulas de bala usadas no assassinato de Thompson, nelas esta escrito as palavras “negar” (deny), “defender” (defend) e “destituir” (depose). Termos comumente usados pelas seguradoras para rejeitar reclamações.

Acusado de terrorismo era o melhor aluno da turma na escola

Luigi Mangione tem 26 anos, nasceu e cresceu no estado de Maryland. Ele estudou em um colégio particular, chamado Gilman School, onde era o orador e tinha as melhores notas de sua turma.

Imagens de uma radiografia sugerem que Mangione tinha problemas de coluna e pode ter desenvolvido aversão a empresas de saúde após uma cirurgia. Ele não era cliente da United Health Care, nem seus familiares, conforme informado à polícia.

*Com informações da AFP