Pesquisa sobre trabalho voluntário

De acordo com uma pesquisa realizada pela TeamStage, perto de 70% do trabalho voluntário realizado no mundo é feito informalmente. Isso quer dizer que as atividades não são realizadas através de uma Organizações da Sociedade Civil ou programa estruturado, mas acontecem pelo envolvimento das pessoas em grupos religiosos e sociais. Ainda segundo o mesmo levantamento, nos países não industrializados, a disparidade entre o voluntariado formal e informal é ainda maior, justamente por conta do degrau social existente. 

 No Brasil, entretanto, as pesquisas mostram que o trabalho voluntário é algo ainda em desenvolvimento e não caminhou na mesma velocidade que a transformação da sociedade. Na última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), realizada pelo IBGE, apenas 4,2% da população considera que realiza trabalho voluntário no Brasil. Esse dado nos mostra duas situações: por um lado, muitos ainda veem o voluntariado como algo que ligado a alguma entidade organizada e, em outra, as empresas ainda não entenderam o papel que o trabalho voluntário pode desempenhar em suas culturas organizacionais e, como podem fazer parte da estratégia de negócios para gerar valor. 
As organizações podem ser agentes articuladores da cultura do voluntariado no país e esse tipo de trabalho já é reconhecido e contabilizado em muitos países há alguns anos. Nos Estados Unidos, por exemplo, os voluntários contribuem com mais de US$ 200 milhões em valor para as comunidades. Isso permite que a economia se desenvolva de maneira mais equilibrada e sustentável, iluminando segmentos da população que antes não eram visíveis ou atendidos. Para as empresas, além de promover o bem-estar e o engajamento dos colaboradores, especialmente das gerações mais jovens que buscam um propósito nas organizações, pode ser uma nova oportunidade para desenvolver competências e, consequentemente, gerar valor aos negócios.

Como os executivos podem começar a implementar o voluntariado nas empresas, independentemente do porte, tornando o tema estratégico para a alta gestão? Aqui estão algumas dicas para começar a considerar essa frente. Entenda que voluntariado não é filantropia Com o crescimento do conceito de ESG, muitas organizações têm direcionado seu foco para estratégias de gestão ambiental, mas frequentemente negligenciam o aspecto social, que é igualmente fundamental para a sustentabilidade da empresa. O voluntariado está diretamente relacionado ao e#39;Se#39; do ESG. O impacto positivo nas comunidades próximas deve ser mensurado e convertido em um ativo através da mobilização e do engajamento dos colaboradores, gerando assim valor para a própria empresa.  Mapeie os diferentes perfis do público interno. As pessoas pensam de forma diferente e, atualmente, uma tem uma quantidade gigante de informações na palma da mão. Não deduza que os colaboradores são apegados mais a uma causa do que outra, mas crie um canal aberto para que eles comentem e compartilhem mais
sobre as suas aspirações e trabalhos voluntários que já realizaram ou desejam fazer. 
Identifique e aplique a tecnologia correta Por mais de duas décadas, o terceiro setor no Brasil tem sido uma aliada fundamental para
profissionais que lidam com grandes volumes de dados ou que necessitam automatizar certos processos. Nesse período, tem desenvolvido tecnologias sociais, constituídas de conhecimentos e experiências aplicadas por meio de metodologias específicas para os mais diversos temas.
Essas tecnologias devem ser empregadas na implementação do voluntariado nas empresas. A tecnologia serve para concretizar e expandir as iniciativas nas comunidades. Ela é um meio, não um fim. Utilizar a tecnologia sem um propósito claro não gera impacto nem valor para o negócio. Conte com o apoio de especialistas. O voluntariado é um sistema composto por experiência e arte, razão e emoção. É importante ter o olhar de alguém que entende sobre as diferentes formas que determinada comunidade se articula para demonstrar o real impacto de um programa os negócios. Uma pequena receita para começar a pensar em trabalho voluntario de forma séria e estruturada. Que me 2025 você possa levar essa ideia para a empresa que trabalha.

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